O último amistoso da Seleção Brasileira na “data-Fifa” de março vai ser também o último momento para que os jogadores provem para o técnico Tite que devem estar na lista dos 23 atletas que vão representar o país na Copa América, entre os meses de junho e julho. A convocação será feita em 17 de maio.

Diante da República Tcheca, nesta terça-feira (26), na Eden Arena, na cidade de Praga, casa dos adversários, Tite vai ter a oportunidade de observar mais uma leva de atletas. Depois de colocar em campo a defesa reserva no empate por 1×1 com o Panamá, o treinador vai fazer, pelo menos, seis mudanças no time titular.

Além da volta da defesa titular, Allan, da Napoli, vai ter mais uma chance de cravar a sua vaga na equipe. Ele ganhou a posição de Arthur e vai atuar ao lado de Casemiro. Será apenas o terceiro jogo do volante pela Seleção.

Apesar de ter apresentado dificuldades diante do ferrolho montado pelo Panamá, o ataque brasileiro segue sem mudanças contra os checos. Sem Neymar, que ainda se recupera de uma lesão no pé, Lucas Paquetá e Richarlyson vão ter a missão de puxar o jogo pelos lados do campo. A dupla tem ainda a companhia de Philippe Coutinho e Roberto Firmino.

Entre as caras novas e que não estão garantidas na Copa América, apenas o atacante David Neres ainda não estreou pela Seleção. O lateral Alex Telles foi titular na partida no Porto e agora ficará no banco para Alex Sandro.

“O desempenho e a naturalidade vão determinar a convocação. Vamos acompanhar sem conceitos prévios de mais jovens ou experientes, mas montar e estruturar uma equipe para a Copa América”, explicou Tite.

Titular absoluto na “era Tite”, o volante Casemiro segue como o capitão da Seleção Brasileira. Ele herdou a braçadeira de Neymar no duelo contra os panamenhos e vai para o seu quarto jogo como representante da equipe.

CRÍTICAS
Tite mostrou não ter se incomodado com as críticas feitas à Seleção pelo empate por 1×1 diante do Panamá. O comandante admitiu que a equipe ficou devendo e prometeu mudanças.

“Todas as críticas que têm caráter técnico, tático, físico e emocional, eu não tenho que contrapor. São pontos de vista, visões, e a gente tem que conviver com isso. Os atletas não jogam pelo técnico, jogam pela Seleção, pelo Brasil. Quando tira o viés daquilo que é importante, acho arriscado. Joga por orgulho pela Seleção, prazer da satisfação profissional”, apontou.

Contra o Panamá, a Seleção sofreu para criar jogadas e dependeu de um cruzamento de Casemiro, que Lucas Paquetá completou com estilo, para marcar seu único gol. Por isso, a principal mudança que Tite quer observar na equipe é uma atitude maior dentro de campo.

“Quero agressividade, a busca maior. Talvez menos de organização, mas buscamos esse ímpeto. Em termos de organização, o mecanismo do meio de campo se ajusta. Também por uma opção nossa, evitamos convocações de atletas em momentos decisivos. Então, é um processo de construção”, explicou.

O técnico manifestou seu apoio a Coutinho, que vive má fase e é questionado tanto no Barcelona quanto na Seleção. “O que tem de ter é coerência. E coerência nesse caso é dar trabalho a ele, repetir a formação e dar tempo”.