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Diante da confirmação de dois casos do novo Coronavírus em Feira de Santana, muito se questiona acerca da realização da tradicional micareta da cidade, até então confirmada para acontecer de 23 a 26 de abril. O Ministério Público da Bahia, através do promotor Aldo Rodrigues, pretende questionar a prefeitura da Princesinha do Sertão e o governo sobre o assunto. 

O secretário de comunicação de Feira de Santana, Valdomiro Silva, afirmou que vai resolver o assunto ainda na tarde desta segunda-feira (9) com o prefeito Colbert Martins Filho (MDB). O prefeito enviou nota à imprensa afirmando que não há motivo, neste momento, em razão de dois casos confirmados do coronavírus no município, para uma decisão de cancelamento da Micareta 2020. O chefe do Executivo, profissional da  medicina, observa que o quadro se encontra sob controle até o momento.

De acordo com o prefeito, segmentos da imprensa tem interpretado equivocadamente sobre uma consulta do Ministério Público acerca do assunto. O prefeito alerta que o MP-BA não pediu o cancelamento do evento, mas que um promotor solicitou das secretarias de saúde do município e do estado informações sobre o risco de transmissão do coronavírus durante a festa. A resposta ainda não foi dada e o assunto será devidamente examinado pelos técnicos, segundo o gestor. 

Colbert informa que em Feira de Santana o Comitê Municipal de Acompanhamento das Ações de Controle ao Coronavírus tem obtido êxito em seu trabalho desde que foi criado na semana passada. Exames de familiares com as quais as duas mulheres infectadas mantiveram contato deram negativo, o que significa que o vírus não está em cadeia de transmissão no município, afirmou. 

Para o prefeito, é preciso aguardar antes de se tomar uma decisão que impactaria fortemente na economia e nas expectativas de milhares de feirenses que esperam o ano inteiro pela Micareta. “Saude à frente de tudo, essa é a prioridade. As portas estarão sempre abertas para a análise de fazer ou não a festa, o que dependerá do andamento desse controle do vírus em nossa cidade. Devemos ter muita cautela para não haver precipitações”. Por Rafael Albuquerque/BN