O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar, na quinta-feira (17), sobre a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Na ocasião, Lula reforçou que não deve interferir na eleição, que vai ocorrer em fevereiro de 2025. A declaração chega em meio aos nomes dos parlamentares Elmar Nascimento (União) e Antonio Brito (PSD) estarem expostos a concorrer ao cargo, junto com o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Durante entrevista o presidente indicou que vai dialogar com o deputado eleito ao cargo e não vai influenciar na escolha da Casa.
“Eu tenho como prática política não me meter na escolha do presidente da Câmara. É uma coisa do Congresso Nacional. Como eu respeito a autonomia de cada poder, o meu presidente será aquele que for eleito. Aquele que for eleito, goste dele ou não goste, eu vou conversar e vou tratar como presidente da Câmara. É assim que eu faço. Eu não vou nunca apresentar para um presidente da Câmara um projeto de meu interesse pessoal, vou apresentar projeto de interesse do povo brasileiro”, afirmou Lula à rádio Metrópole em programa apresentado pelo radialista Mário Kertész na capital baiana.
“Vou discutir com ele [presidente do congresso] como que vota e vou lhe explicar uma coisa. Quando nós tomamos posse, muita gente dizia que a gente ia ter muita dificuldade em governar. Meu partido só tem 70 deputados em 513, só tenho 9 senadores em 81. Nós aprovamos uma PEC da transição que deu R$ 165 bilhões para a gente governar este país no primeiro ano, aumentou o dinheiro da saúde e da educação. Nós já aprovamos uma coisa extraordinária que foi ao arcabouço fiscal, nós já aprovamos a política tributária e até agora nós não perdemos nenhum projeto importante que o governo mandou pro congresso nacional”, completou o presidente.
O líder petista concatenou ainda que não vai escolher o futuro representante dos deputados e que vai manter uma boa relação com o eleito no Senado Federal. “Não quero escolher presidente, quero manter uma relação civilizada e institucional com quem ganhar as eleições nas duas casas. Não quero dizer que não gosto do presidente. Não é o presidente da Câmara que precisa do presidente da República, é o presidente da república que precisa da Câmara”, concluiu. Por Victor Hernandes/Bahia Notícias