Foto: CBF

Nesta segunda-feira, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática abre inquérito para apurar suposto crime virtual do atacante Neymar, por expor fotos íntimas da mulher que o acusou de cometer estupro, em sua defesa nas redes sociais. Também na manhã desta segunda, às 11h15, Tite dará sua primeira entrevista coletiva desde que a seleção brasileira começou a se reunir na Granja Comary, em preparação para a Copa América.

Desejoso de mergulhar nas ideias de sua equipe em cada encontro com a imprensa, o técnico certamente será bombardeado de perguntas sobre Neymar. Sobrou para Tite ser a voz da CBF, que tem o presidente Rogério Caboclo na França, onde vai participar de seminário da Fifa e da abertura da Copa do Mundo feminina, o chefe de delegação Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, retornando da Europa nesta segunda e o coordenador Edu Gaspar distante dos holofotes nestes 12 dias de preparação.

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Neymar se pronunciou sobre a denúncia num vídeo postado nas redes sociais, em que negou a acusação. Tite certamente também será questionado sobre ter tirado do atacante a faixa de capitão, que voltou para o braço do lateral-direito Daniel Alves.

Existe preocupação das consequências das duas investigações: uma em São Paulo, onde a mulher fez o registro de ocorrência, e outra para apurar crime virtual. Até pela intimação que Neymar deve receber para prestar depoimento, o que pode exigir a saída da concentração. E, por si só, já significa mudanças na rotina e desvio do foco.

Após a perda da faixa de capitão e o soco num torcedor antes da apresentação à Seleção, o novo episódio extracampo – e bem mais grave – torna o tema Neymar um problema para o treinador, que tentara depois do Mundial da Rússia fazer da braçadeira um aliado pela busca da maturidade, responsabilidade e representatividade do jogador dentro do time brasileiro. Era a forma de Tite externar a relação de confiança que tinha com o atleta, mesmo que a escolha fosse motivo para inúmeras broncas e críticas. (Globoesporte)