Foto: Ciete Silvério / Fotos Públicas

A cada dia mais perto do anúncio oficial da chapa Lula-Alckmin, o ex-presidente e o ex-governador de São Paulo, que se reuniram na sexta passada, já discutem os pontos iniciais da campanha ao Palácio do Planalto. Segundo o blog apurou, a definição da dupla está sacramentada – falta, apenas, a questão partidária- a ideia é que o ex-tucano se filie ao PSB. Petistas querem que Alckmin se defina no começo de março para aproveitar a janela partidária, ampliando o número de políticos que queiram acompanhar o ex-governador na nova sigla.

Mas, se por um lado, a construção partidária ainda está pendente, os planos de Lula para a chapa com Alckmin estão adiantados. Lula, por exemplo, tem repetido a aliados que o PT não pode entrar no clima de “já ganhou” pois Jair Bolsonaro é um candidato competitivo e, se o PT ganhar a eleição, vai herdar um país que precisará ser “reconstruído”.

Por isso, avaliou o ex-presidente a Alckmin, será necessária uma espécie de força tarefa dos dois, em funções complementares e em diferentes frentes. Ou seja, nas palavras de um assessor de Lula, o ex-presidente quer deixar claro ao ex-tucano que ele não terá a função de um “vice decorativo”.

Lula quer, entre outros pontos, exercitar um papel internacional, focando no compromisso com a questão ambiental para, também, atrair investidores ao Brasil. Por isso, vê em Alckmin uma pessoa de “total confiança” para tocar questões administrativas do dia a dia da máquina pública – inclusive, com a relação com o Congresso Nacional.

Na avaliação dos estrategistas do PT, o Congresso, que já está empoderado, vai ser crucial para aprovação de medidas e para garantir a governabilidade do próximo governo. Entre os interlocutores de um eventual governo Lula, o PT aposta em Gilberto Kassab e, Lula, quer a missão também com Alckmin. Por Andréia Sadi/G1