O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), a medida oficial da inflação no país, ficou em 0,23% na região metropolitana de Salvador (RMS), no mês agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IBGE, houve uma queda em relação ao mês anterior (0,75%), mas o número ficou acima do índice (-0,13%) comparado ao mesmo mês em 2019.

Segundo o IBGE, o IPCA de agosto na região metropolitana da capital baiana ficou igual ao do país como um todo (0,23%) e foi o 5º mais alto entre as 11 áreas pesquisadas separadamente. Neste mês, a prévia da inflação foi maior nas regiões de Belo Horizonte (0,37%), Porto Alegre (0,30%) e Recife (0,28%).

No acumulado de janeiro a agosto de 2020, o IPCA da RMS acelerou para 1,65% (havia ficado em 1,42% em julho). O número está acima do índice do Brasil como um todo (0,90%) e continua o 3º mais alto entre os 11 locais pesquisados.

O IBGE explica que o IPCA-15 de agosto foi resultado de aumentos nos preços médios de cinco dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.

Os preços do grupo comunicação (1,92%) tiveram o maior aumento no IPCA de agosto, na RMS, sob efeito, sobretudo, do acesso à internet (12,18%). O serviço registrou a maior alta na prévia da inflação do mês. Os grupos que tiveram destaque com deflação em agosto foram educação (-2,51%) e vestuário (-1,24%).

Queda e aumento nos preços de produtos

De acordo com o IBGE, os gastos com habitação (1,02%) e transportes (0,74%) foram, nessa ordem, as principais pressões inflacionárias no índice do mês, na RMS. Esses grupos foram puxados, respectivamente, pela energia elétrica (2,24%), refletindo parte do reajuste tarifário, e pela gasolina (2,80%), que teve o maior impacto individual no IPCA de agosto, país como um todo.

Os preços do grupo comunicação (1,92%) tiveram o maior aumento no IPCA de agosto na região metropolitana de Salvador, e também foram uma pressão importante sob efeito do acesso à internet (12,18%). Dentre as centenas de itens investigados pelo IBGE, o serviço registrou a maior alta na prévia da inflação do mês.

Dentre os grupos com deflação no IPCA de agosto, na RMS, os destaques foram para educação (-2,51%) e vestuário (-1,24%), que apresentaram as quedas mais intensas nos preços e deram as principais contribuições no sentido de conter o índice do mês.

No caso do grupo educação, os cursos regulares (-3,29%) tiveram queda importante, puxados pelo ensino fundamental (-4,83%) e pela pré-escola (-8,78%). Em vestuário, as roupas (-1,52%), sobretudo as femininas (-2,40%), tiveram contribuições mais importantes.

Conforme o IBGE, no IPCA de agosto, o grupo alimentação e bebidas também mostrou uma variação negativa nos preços (-0,14%). Foi a primeira vez que os alimentos tiveram deflação neste ano, tanto ente aqueles consumidos em casa (-0,18%) quanto fora (-0,04%). A batata-inglesa (-24,33%) e o tomate (-16,79%) tiveram as maiores quedas do IPCA. G1