Empresas que trabalham na organização do carnaval de Salvador enfrentam um cenário de incertezas e prejuízos. Com o suspensão da festa no mês de fevereiro e ainda sem uma data prevista, os empresários estão amargando redução que varia de 10% a 60% nos faturamentos. Uma fábrica de gelo, que fica no bairro da Calçada, era para estar a pleno vapor na fabricação para a folia. No ano passado foram vendidas cerca de 80 toneladas por dia de festa.

Uma semana de carnaval representa 10% do faturamento anual, mas em 2021, o depósito está quase vazio e as contratações temporárias não vão acontecer. “O carnaval representa para atividade do gelo aproximadamente 10% do faturamento anual da empresa o seguimento de contratação de pessoal está impactado como toda a cadeia”, disse o dono da fábrica, Nilton Sampaio.

O dono de uma rede de depósitos de bebidas, com unidades nos bairros do Rio Vermelho, Candeal e Barra, também calcula prejuízos. Sem o carnaval, a empresa perde de 70% a 80% do faturamento do ano. “É um mês de carnaval que é basicamente um ano. Não só a gente como todos os setores estão arrasados”, contou o dono do depósito, Élcio Mateus. O carnaval de Salvador movimentou, no ano passado, cerca de R$ 1,8 bilhão e gerou 215 mil postos de trabalho temporário.

Uma fábrica de costura, que com 48 costureiras, 25 delas temporárias, produziu 60 mil abadás, em 2020, neste ano, trabalha com 13 colaboradores. “Hoje a gente faz máscara, jaleco clínico e está se inovando a todo momento, fazendo máscaras antivirais. A gente vai lançar agora um filtro de combate a Covid-19 para aparelhos de ar-condicionado. A gente tem que se adaptar a nova realidade do mercado”, contou Loyota Melo, dono da empresa. G1