Com receio do agravamento da crise política e novos conflitos com o STF (Supremo Tribunal Federal), líderes políticos de partidos do Centrão estão tentando evitar que Bolsonaro leve adiante o pedido de impeachment de membros do Supremo. A interlocução com o Palácio do Planalto está sendo feita por intermédio dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), informa o UOL. No último sábado, Bolsonaro afirmou que pedirá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a abertura de processos contra os ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. O artigo 52 citado pelo presidente é o que dá ao Senado o poder de processar e julgar os ministros do STF por crimes de responsabilidade, o que pode levar à destituição dos cargos. Alexandre de Moraes foi o ministro do STF responsável pela determinação da prisão preventiva de Roberto Jefferson, o presidente do PTB e hoje um dos principais defensores de Bolsonaro. Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e tido por Bolsonaro como o responsável por impedir que a Câmara aprovasse a PEC do voto impresso na semana passada.