O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou o comandante da Polícia Militar, Aleksander Lacerda, por indisciplina. Lacerda estava a frente do Comando de Policiamento do Interior (CPI) 7, em Sorocaba (SP). O governador afirmou para a rádio CBN o afastamento do comandante. Segundo uma reportagem do Estado de São Paulo, o coronel da PM fez postagens em rede social em defesa de protesto a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), convocando militantes, e atacou o Supremo Tribunal Federal (STF). O regulamento da corporação proíbe policiais de participarem ou promoverem atos político-partidários.
“Aos militares do Estado da ativa são proibidas manifestações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Regulamento”, diz um trecho do regulamento. Ainda conforme a reportagem, Aleksander criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por não dar prosseguimento no pedido de impeachment feito pelo presidente contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. O governador de São Paulo e o ex-presidente da Câmara, e atual secretário de Projetos e Ações Estratégicas estadual, Rodrigo Maia, também foram atacados pelo comandante do CPI-7.
“Aqui no estado de São Paulo não teremos manifestações de policiais militares na ativa de ordem política. São Paulo tem a melhor Polícia Militar do país, a mais bem treinada, a mais bem equipada. São Paulo tem orgulho da polícia ligar e do seus policiais e do seus colaboradores. E também do seu comando da Polícia Militar na figura do coronel Alencar. E nós aqui, conjuntamente, não admitiremos nenhuma postura de indisciplina como foi feita pelo Coronel Aleksander, e agora ele está afastado da Polícia Militar a partir desta manhã”, disse Doria. O CPI-7 compreende sete batalhões da Polícia Militar de São Paulo, o que representa cerca de 5 mil policiais em 78 municípios da região de Sorocaba. G1