O combate a incêndios florestais na cidade de Barra, no oeste da Bahia, chegaram ao 16º dia, no sábado (3), segundo informações do Corpo de Bombeiros. Não há registro de feridos. O clima seco e as temperaturas altas dificultam o trabalho dos militares, que contam com apoio de brigadistas e voluntários. O fogo já devastou uma grande área, no entanto, a dimensão ainda não foi calculada.

A parte crítica do incêndio já é considerada sob controle por bombeiros e brigadistas. As chamas atingiram seis comunidades da zona rural de Barra e, na última quarta-feira (23), chegou perto de algumas. Os moradores precisaram deixar os imóveis temporariamente, mas já retornaram.

Tempo seco e outros incêndios

Essa semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de perigo para as regiões oeste e sudoeste da Bahia, por causa da baixa umidade do ar. O índice chegou a 12%, considerado desértico pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, o Inmet fez, também, fez recomendações por causa do risco à saúde.

Além das chamas em Barra, nos últimas dias, houve registro de incêndios em outras cidades da Bahia:

  • Lagoa das Bateias, em Vitória da Conquista;
  • Morro do Bittencourt, na cidade de Rio de Contas (Chapada Dimantina);
  • Morpará e Xique-Xique;
  • Sento Sé;
  • Pilão Arcado;
  • Guanambi

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já registrou queimadas em, pelo menos, 400 Km de vegetação na Bahia, somente neste ano. Em todo ano de 2019, os incêndios atingiram 90 Km de extensão no estado. Conforme os dados do Inpe, a maior parte atingida pelo fogo está na região oeste. Somente neste ano, já foram identificados 3.194 focos de calor a Bahia.

A maioria deles ocorreu em Formosa do Rio Preto (300). Outras cidades com números acentuados são: Jaborandi (160), São Desiderio (143), Barra (122), Muquém do São Francisco (120) e Correntina (99), todas no oeste da Bahia. Entre os fatores que contribuem para a situação, estão o calor, a baixa umidade relativa do ar e a falta de chuvas. No entanto, alguns incêndios começam também por causa da ação do homem. G1