Divulgada no mesmo dia em que o ex-prefeito ACM Neto (DEM) fez a festa de lançamento de sua pré-candidatura, na quinta-feira passada, a pesquisa Paraná que confirmou seu favoritismo ao governo da Bahia trouxe um dado que, pelas circunstância do evento, acabou passando praticamente despercebido.

Ele se refere aos índices de avaliação do governo Bruno Reis (DEM) pela população soteropolitana, que bateu os 82,5% de aprovação. Focado no ato do amigo, Bruno – e muito menos Neto, que o fez seu sucessor e procura monitorar de longe seu desempenho por motivos óbvios – não pode comemorar direito o resultado na hora.

A prioridade era o candidato, que também era brindado com números favoráveis ao projeto de disputar o governo. Restou ao prefeito, depois que ele chegou ao Palácio Thomé de Souza após a festa do democrata, curtir, de forma praticamente reservada e sem nenhum estardalhaço, o resultado da sondagem com parte de sua equipe.

Relativa ao primeiro ano da gestão, a avaliação era aguardada com expectativa pelos assessores mais próximos de Bruno. Eles se preocupavam com o fato de ele ter sucedido um governo extremamente bem avaliado e do ano duro que 2021 representou para uma gestão nova, principalmente, devido à pandemia.

Os esforços para conter o avanço da doença, iniciados no governo de ACM Neto, chegaram a cerca de R$ 1,2 bi este ano, traduzidos em garantia de atendimento médico em UPAS e hospitais de campanha, pagamento do auxílio emergencial Salvador por Todos, além de toda a estrutura montada para promover um processo de vacinação eficiente.

Não sai da mesa do prefeito, por exemplo, um estudo mostrando que, com os mesmos recursos, ele poderia ter construído 10 centros de convenções iguais àquele em que participou da festa de Neto, 10 novos hospitais municipais e 100 escolas. As informações são apenas um parâmetro, reveladoras do estilo de administrar de Bruno.

“O que mais importa é que conseguimos salvar vidas, garantindo o funcionamento de todos os nossos programas sociais”, costuma dizer o gestor, quando se refere aos recursos consumidos pela pandemia. Antes da Paraná, o prefeito já tinha sido contemplado com uma avaliação da Firjan que reforçou sua convicção pessoal de que vai bem.

Salvador foi novamente eleita como a capital mais eficiente na aplicação dos recursos públicos segundo o índice de Gestão Fiscal da entidade carioca. No período analisado, foram criados 22 mil empregos, número superior ao das perdas de 2020, e ampliados as encostas e casas reformadas pelo programa Morar Melhor.

Tentando evitar a vaidade, o prefeito disse a dois jornalistas que o procuraram depois para tentar repercutir a aprovação ao seu governo que o percentual que ele mais almeja alcançar até o final de dezembro é o de 100% de toda a população imunizada com a segunda dose da vacina. Política Livre