A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à Organização dos Estados Americanos, enviou ao deputado federal Jean Wyllys (PSol) documento no qual concede a ele medidas cautelares e informa que exigiu do Estado brasileiro providências para zelar pela vida e segurança do parlamentar. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamno e confirmada pelo Correio com a assessoria do deputado.

 

O pedido cautelar foi feito pelo próprio Wyllys, ao relatar ameaças de morte que recebe. O órgão considerou que o político “se encontra em uma situação de gravidade e urgência, posto que seus direitos à vida e à integridade pessoal estão em grave risco”. O documento também pediu proteção à família do parlamentar e cobrou investigação dos fatos denunciados.

 

Em nota, a assessoria do parlamentar afirmou que as ameaças aumentaram durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff e ficaram ainda mais frequentes depois do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ). De acordo com a assessoria, o parlamentar pediu escolta oficial e circulação em carro blindado, o que teria restringido “seus movimentos durante a última campanha eleitoral” segundo informou o Correio Braziliense.

 

A equipe do deputado também afirma que Wyllys é alvo de graves calúnias, fake news e campanhas difamatórias, segundo as quais o deputado desejaria obrigar crianças a mudar de sexo, implantar a religião islâmica nas escolas e censurar a Bíblia.

 

Em março deste ano, a vereadora Marielle Franco foi assassinada. O ministro da Segurança Raul Jungmann colocou a Polícia Federal à frente das investigações após afirmar que o crime envolve políticos “poderosos” que atrapalham as investigações. Jungmann também disse que “não há garantias” de que o caso seja elucidado este ano ainda.