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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), em acordo com líderes partidários, adiou a votação desta terça-feira (24) do parecer da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A votação ficará para a próxima terça (1º). Alcolumbre explicou que decidiu pelo adiamento para que senadores possam, junto com ele, participar de uma audiência nesta terça com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

De acordo com Alcolumbre, os senadores vão ao Supremo protocolar um recurso para suspender a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que, na semana passada, autorizou buscas e apreensões no gabinete do líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), investigado por suposto recebimento de propina de empreiteiras.

“Essa visita que o Senado está fazendo ao Supremo Tribunal Federal é uma visita institucional em nome de um poder”, afirmou Alcolumbre. “Este é o momento de reafirmação do poder Legislativo e, além do mais, não há adiamento na reforma da Previdência”, completou. Alcolumbre ressaltou que o calendário inicial, de aprovar a Previdência no plenário do Senado no dia 10 de outubro está mantido.

Questionado por jornalistas se uma ação corporativa dos senadores estava se sobrepondo ao interesse da sociedade, Alcolumbre respondeu: “Acabei de falar que não mudou o calendário. Não existe isso de ação corporativa. Existe um poder com recurso legítimo da Mesa Diretora do Senado em relação à ação de um outro poder nesta Casa.

A senadora Simone Tebet (MDB), presidente da CCJ, disse que discordou da decisão de adiar a votação desta terça. “A sessão foi cancelada por determinação da Mesa Diretora, ouvidos os líderes”, afirmou Tebet. “Estou contrariada, acho que foi um erro de estratégia”, disse. Segundo a senadora, “não é o momento de sinalizar qualquer dúvida para a sociedade”. G1