A companheira do vereador José Roberto Alves de Oliveira (MDB), conhecido como Beto Cicatriz, encontrado morto na zona rural de Irará, a cerca de 130 km de Salvador, foi presa nesta quinta-feira (22), suspeita de envolvimento no crime ocorrido em 11 de julho deste ano. A informação é da Polícia Civil. Segundo a polícia, a mulher, que não teve a identidade revelada, tem 52 anos.

A apuração do órgão apontou que a relação do vereador com a companheira era tumultuada e repleta de brigas – inclusive sobre uma propriedade rural do político, de 49 anos. As investigações apontam que na madrugada do crime, a suspeita e um homem foram em direção à zona rural de Irará, o que foi confirmado por imagens às quais os policiais tiveram acesso.

Além disso, a polícia informou que encontrou contradições no depoimento concedido pela mulher, dias antes, visto que ela alegou estar em casa na data do crime e ter tomado conhecimento da morte do vereador por meio de ligação telefônica.

O homem apontado como comparsa dela desapareceu, o que reforçou as suspeitas sobre ela. Após outras diligências que confirmaram o envolvimento de ambos, foram pedidos os mandados de prisão temporária, conforme informou o coordenador da 2ª Coorpin, delegado Fábio Santos da Silva.

O delegado disse ainda que a polícia possui uma vasta documentação em provas que denotam a participação dos dois no homicídio. Disse também que a suspeita exerceu o direito de permanecer calada. A companheira de José Roberto Alves de Oliveira está à disposição do Poder Judiciário. As investigações continuam para localizar o outro suspeito.

Beto Cicatriz foi atingido por ao menos cinco disparos segundo informações da família, com base na perícia feita pela polícia. O corpo foi encontrado em frente à casa onde ele morava, durante a manhã. No entanto, testemunhas contaram à polícia que ouviram os tiros ainda durante a madrugada. O corpo do vereador foi encontrado com trajes de dormir. G1