Pelo menos dois homens têm envolvimento no assassinato de um dos funcionários do empresário Leandro Silva Troesch, que foi encontrado morto na própria pousada de luxo, no município de Jaguaripe, no baixo sul da Bahia. Segundo a Polícia Civil, um traficante e um usurário de drogas participaram da execução da vítima, identificada inicialmente como Marcel.

“Já tenho a identificação dos dois suspeitos e vou pedir a prisão de ambos. Trata-se   de um traficante e um usuário de drogas. Um deles foi levar droga para Marcel”, disse o titular da delegacia de Jaguaripe, delegado Rafael Magalhães, na tarde desta terça-feira (08). Leandro e Marcel tornaram-se amigos recentemente quando cumpriram pena juntos em Salvador.

O empresário e a mulher, Shirley da Silva Figueredo, foram presos no ano passado por roubo e extorsão e há pouco tempo tiveram o direito de responder pelos crimes em liberdade. O casal é um dos donos da famosa Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no Recôncavo Baiano.

Marcel foi encontrado morto no domingo (6), no distrito de Camassandi, no mesmo município. Ele era “braço direito” do empresário. Ele chegou a ser ouvido pela polícia após a morte de Leandro, mas seria ouvido mais uma vez no domingo. “Acho muito estranho a principal testemunha que ajudaria esclarecer a morte de Leandro ter sido assassinada assim”, declarou o delegado.

Magalhães disse que não descarta nenhuma possibilidade para o crime, inclusive o fato de a vítima ter sido morta por representado uma ameaça para alguém. “É muita coincidência. A polícia trabalha com o todas as vertentes, inclusive a de queima-arquivo”, pontou o delegado que acredita que mais pessoas estejam envolvidas no assassinato de Marcel.

Discussão
Segundo a polícia, Leandro discutiu Shirley momentos antes de ter levado um tiro na cabeça  no último dia 25.  O desentendimento do casal ocorreu ainda da pousada e testemunhado por funcionários. “Algumas pessoas que trabalham no local disseram que ela (Shirley) e Leandro tiveram uma discussão instantes antes dele ter morrido. Não consegui decifrar ainda o motivo, mas a houve um desentendimento entre o casal”, afirmou o titular da delegacia de Jaguaripe, delegado Rafael Magalhães.

Os relatos não coincidem com a versão apresentada por Shirley no dia do crime. “O inquérito está com ‘morte a esclarecer’. Quando ouvida no dia em que o corpo foi encontrado, Shirley disse que foi suicídio ao delegado de Santo Antônio de Jesus que fez o levantamento cadavérico. Outra é que testemunhas relataram que durante a semana. Leandro não apresentava sinais de depressão, pelo contrário, fazia planos”, declarou Magalhães.

Horas depois da morte de Leandro, Shirley não foi mais localizada para um novo interrogatório da polícia e teve mandando de prisão expedido pela justiça – ela havia deixado Presídio Feminino em Salvador na condição de prisão domiciliar.  Um advogado de Shirley esteve pela manhã na delegacia de Jaguaripe para negociar a apresentação
dela, que estaria em outro estado. Ainda de acordo com o delegado, enquanto o casal estava preso, um funcionário desviou de dinheiro na pousada. Correio da Bahia