O tema da entrevista coletiva do técnico Roger Machado não poderia ser outro que não o uso do árbitro de vídeo no primeiro gol do Internacional. O árbitro da partida, Paulo Roberto Alves Júnior, marcou impedimento de Rodrigo Lindoso, entretanto o VAR validou o lance. O Bahia foi derrotado por 3 a 1, em partida disputada na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio. Roger falou logo após o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, e disse que se sente constrangido e impotente com o uso do VAR.

– Não gostaria de retornar ao tema, porque o presidente falou tudo, mas é impossível falar sobre o jogo sem iniciar por esse lance polêmico e, possivelmente, irregular. Até aquele momento, estava muito bem. As principais oportunidades eram nossas, chegando lateralmente, acessando a área com cruzamentos. Tivemos oportunidades com Fernandão, Arthur Cayke. Aos poucos, começamos a entrar tocando. Ao nosso estilo, hoje sem tanta velocidade, porque não tínhamos Élber e Artur. O gol gera uma instabilidade. No segundo tempo, quando a gente promoveu a alteração, houve a infelicidade com o lance Douglas, que tem muito crédito. O resultado de 2 a 0, a gente ainda foi buscar. Fiz mais uma mudança transformando em um 4-2-3-1, mas o 3 a 1 decretou o fim da partida. Hoje me sinto extremamente constrangido de dar essa coletiva. Talvez essa seja a primeira vez na minha carreira que eu me sinto dessa forma. Hoje em me sinto impotente – afirmou o treinador tricolor.

Falou-se pouco do jogo e muito da arbitragem. Até mesmo sobre a profissionalização dos árbitros, o treinador do Bahia foi questionado. E ela mandou um recado para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

– Quem tem que profissionalizar é o órgão máximo do nosso futebol. Se a CBF entende o futebol como um produto, e os treinadores são os promotores. Para completar minha formação como licença, vai 80 mil entre custos com hospedagem e passagem. Qual a empresa profissional que capacita seus profissionais para vender bem seu produto? Na verdade, quem tem que capacitar seus profissionais é a CBF, porque eles também sofrem muito com a gente. De cabeça quente, você gesticula, fala alguma coisa para dentro de campo. Mas depois, quando acaba, você também percebe que eles fazem parte desse processo – disse.

A derrota para o Internacional marcou a última partida do Bahia antes da pausa para a Copa América. O elenco tricolor recebe folga de dez dias e depois volta para os treinamentos. A equipe só volta a campo no dia 14 de julho, quando encara o Santos, pela Série A. Globoesporte