— Foto: Divulgação/Cosern

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na sexta-feira (30) que a conta de luz continua com a bandeira verde em julho, ou seja, sem cobrança adicional. O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo da geração de energia. Como os reservatórios das usinas hidrelétricas estão cheios, por causa das chuvas em 2022 e neste ano, não é necessário acionar usinas termelétricas, que são mais caras.

Nesses casos, o custo de geração de energia aumenta e a Aneel pode acionar as bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 ou 2 –que representam um custo maior ao consumidor. A bandeira verde está em vigor desde 16 de abril de 2022, ou seja, há mais de um ano. A perspectiva da Aneel é que a conta de luz siga sem cobrança adicional em 2023.

Em nota, nesta sexta-feira (30), a Aneel manteve o posicionamento de que “é bastante provável que haja bandeira verde em todo o ano de 2023, a julgar pelos dados disponíveis que permitem a atualização permanente de projeções de acionamento das bandeiras tarifárias”.

Em maio, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que havia “boas perspectivas” para 2024. “Já estamos desde o ano passado sem acionamento de bandeiras. Este ano não teremos acionamento de bandeiras e boas perspectivas para o ano que vem”, disse na ocasião, em audiência no Senado.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projeta que, nesta sexta-feira (30), a energia armazenada está acima de 80% em todas as regiões do país.

Segundo o ONS, a vazão dos rios “são compatíveis com o esperado para o período tipicamente seco”, que se encerra em outubro. Mas o fenômeno El Niño pode antecipar as chuvas no Centro-Sul, onde estão os maiores reservatórios do sistema elétrico.

“Nesta temporada teremos os efeitos típicos do fenômeno do El Niño, com previsão de chuvas em volume mais elevado na região Sul, temperaturas acima da média no Centro-Sul e redução da precipitação no Norte e Nordeste”, afirmou o ONS em nota no último dia 23. G1