Associações ligadas ao efetivo da Polícia Militar se reuniram na quinta-feira (6) com o deputado Zé Neto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, para protestarem contra o pacote econômico que o governador Rui Costa (PT) enviou ao Legislativo. As entidades entregaram uma carta ao deputado com reivindicações e esperam uma resposta até segunda-feira (10) para tomarem novos passos.

 

No centro das reivindicações da categoria, os policiais pedem o recuo do governador Rui Costa no aumento da alíquota da previdência estadual de 12% para 14%. Os policiais também apresentaram uma carta contra a medida do Executivo que diminuirá, caso aprovada pela Assembleia Legislativa, a participação do governo nos serviços do Planserv.

 

Para as associações ouvidas pelo Bahia Notícias, o pacote econômico de Rui Costa foi enviado sem consulta prévia aos servidores. “A gente está querendo que seja feita uma mesa de negociação para discutir o aumento da alíquota da previdência. O governo passou três anos sem dar nenhum tipo de reajuste salarial e enviou as medidas sem consultar os afetados que estão entre os nossos ativos e reservistas”, comentou o Sargento Roque.

 

O sargento é da Associação dos Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM-BA). Os servidores da PM irão aguardar o posicionamento da Assembleia e do governo para definirem exatamente quais passos tomarão a partir da próxima semana. “Tudo depende da forma que o governo nos tratar. Não trabalhamos para acontecer nenhum tipo de paralisação, mas temos um problema com a previdência que diz respeito a todos os funcionários do estado. Queremos nos colocar no debate”, concluiu o sargento.

 

O pacote enviado por Rui tem por objetivo armar financeiramente a gestão contra o rombo previdenciário estadual. O orçamento deficitário pode chegar a R$ 4,08 bilhões até o fim de 2018.