EC Bahia

Quando o Bahia se livrou do risco de rebaixamento nas últimas rodadas do Brasileirão 2020, o sentimento foi de alívio. Garantido na Série A, o clube poderia então planejar a temporada seguinte e reformular o elenco que não conseguiu realizar grandes campanhas nos torneios que disputou. Passados cinco meses, dá pra dizer que a promessa de renovar o grupo foi cumprida: o Esquadrão foi ao mercado e contratou 13 atletas. Mas em campo, a maioria ainda não conseguiu se firmar e mostrar que pode ajudar o time ao longo do ano.

Dos novos atletas que chegaram ao clube, só dois cravaram vaga de titular: o zagueiro Germán Conti e o meia Thaciano. Ou seja, 82% dos jogadores que formam a equipe titular foram remanescentes do ano passado. A conta dos reforços não inclui o atacante colombiano Hugo Rodallega e o meia argentino Lucas Mugni, que só podem estrear a partir de 1º de agosto, quando abre a janela de transferências internacionais.

Com a saída de Thaciano, vendido pelo Grêmio ao Altay, da Turquia, atualmente apenas Conti aparece como titular absoluto. Entre os outros 11 contratados, o zagueiro Luiz Otávio foi quem mais recebeu chances na escalação inicial. O defensor começou de primeira em 16 dos 17 jogos que fez. Começou bem, mas cometeu falhas em partidas sucessivas e perdeu vaga para Juninho e depois para Ligger – após a venda de Juninho para o Midtjylland, da Dinamarca.

Na sequência aparecem com mais oportunidades na equipe titular: Thonny Anderson (sete de 19 jogos), Jonas (cinco de 17 partidas), Galdezani (quatro de 19), Oscar Ruiz (quatro de 23), Maycon Douglas (dois de 16) e Ligger (dois jogos). Jonas é quem mais tem chance de se firmar no decorrer do ano, pois já havia tomado a posição de Patrick antes dos dois atuarem juntos por causa dos desfalques no setor.

Já os volantes Lucas Araújo e Pablo foram utilizados pelo técnico Dado Cavalcanti em 12 e duas partidas, respectivamente, mas foram reservas em todos os confrontos. Juntam-se a eles os goleiros Dênis Júnior e Danilo Fernandes, que ainda não somam minutos pela equipe principal.

Diante de contratações que ainda não vingaram, o tricolor viu as suas carências serem escancaradas após as saídas de titulares. Por sinal, a perda de atletas que faziam parte da espinha dorsal da equipe vai fazer com que mais jogadores ganhem chance entre os 11 iniciais.

Na defesa, a expectativa é a de que Ligger, contratado para ser a reposição de Juninho, continue tendo sequência. No ataque, a diretoria não esconde que busca mais um jogador de velocidade pelo lado esquerdo, já que a aposta em Oscar Ruiz ainda não se justificou. O problema maior aparece no meio-campo.

Sem Thaciano, Dado não tem no elenco muitas opções com características ofensivas, já que Mugni ainda não está disponível. Além disso, nem mesmo quando as mudanças ocorrem por suspensão ou condição física, quem vem do banco tem conseguido dar conta do recado.

Contra o Flamengo, por exemplo, o treinador não contou com o meia Daniel e optou por escalar Thonny Anderson e Galdezani, mas o resultado passou longe do esperado. Daniel continua suspenso nos dois próximos compromissos, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte, pelo Brasileirão e Copa do Brasil.

“Nós estamos nos esforçando para buscar jogadores. O mercado está sendo um pouco cruel conosco. Já tínhamos carências, temos necessidades, perdemos dois jogadores importantes”, comenta o treinador Dado Cavalcanti.

As contratações do Bahia em 2021*:

Dênis Júnior: ainda não estreou no time principal
Danilo Fernandes: ainda não estreou no time principal
Germán Conti: 21 jogos como titular
Luiz Otávio: 16 jogos como titular
Ligger: 2 jogos como titular
Jonas:5 jogos como titular
Lucas Araújo: nenhum jogo como titular
Matheus Galdezani: 4 jogos como titular
Thaciano: 23 jogos como titular
Pablo: nenhum jogo como titular
Thonny Anderson: 7 jogos como titular
Oscar Ruiz: 4 jogos como titular
Maycon Douglas: 2 jogos como titular
Hugo Rodallega*: só pode estrear a partir de 1º de agosto
Lucas Mugni*: só pode estrear a partir de 1º de agosto  (Correio da Bahia)