O volume de resíduos recicláveis comercializados na Bahia no primeiro semestre de 2022 pelas cooperativas beneficiadas pelo programa SER+, desenvolvido pela cooperativa Mãos Verdes em parceria com a Braskem, foi 40% superior ao montante negociado em todo o ano de 2021. Ao longo dos últimos cinco anos da iniciativa, o faturamento médio das cooperativas passou de R$ 27.870,96, em 2018, para R$ 41.417,47, apenas nos seis primeiros meses de 2022.

O avanço é um reflexo dos investimentos em estrutura adequada para que as cooperativas atuem com mais eficiência. É o que explica o presidente da Cooperativa de Trabalho dos Agentes Ecológicos do Paraguary (Cooperguary), Edmundo Góes. “Um conjunto de fatores reforça esse resultado positivo, mas a aquisição de equipamentos foi um diferencial, pois trouxe uma boa gestão de logística para nosso trabalho. Adquirimos um caminhão e um baú, por meio do programa, permitindo a coleta de um volume maior e diminuindo o tempo gasto no transporte do material”, detalha.

A melhoria na gestão e logística das cooperativas também refletiu na renda dos catadores de resíduos, que em 2018 recebiam uma média de R$ 1.495,47 por mês e em 2022 possuem uma renda mensal de R$ 1.792,95. “Com uma renda maior conseguimos ter mais qualidade de vida, melhorando a nossa autoestima. É muito gratificante”, pondera o presidente da Cooperguary.

Para a gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia, Magnólia Borges, a iniciativa contribui com a profissionalização das cooperativas. “Com estrutura e suporte técnico, as cooperativas passam a atuar com mais eficiência e autonomia, o que é fundamental já que eles cumprem um papel significativo na cadeia da reciclagem. Por isso, a importância de valorizar os catadores e investir no desenvolvimento deles”, afirma.

O SER+ busca fortalecer a cadeia de reciclagem na Bahia, Alagoas, São Paulo e Rio Grande do Sul, oferecendo insumos técnicos, materiais e capacitação para 39 cooperativas nos quatro estados. Foram investidos mais de R$ 3 milhões no programa entre 2018 e 2021, sendo R$ 577.013,23 na Bahia com a aquisição de equipamentos, como prensas, paleteiras com balança, mesa de triagem, caminhão e móveis, além da realização de obras, compra de insumos e contratação de serviços. Correio da Bahia