A possibilidade de escrever um capítulo inédito na história de um clube é sempre um fator que motiva qualquer atleta, treinador, diretoria e demais funcionários envolvidos. Conseguir eliminar o Atlético-PR nas quartas de final da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira (31), às 21h45, na Arena da Baixada, significará fazer parte do grupo que pela primeira vez colocou o Bahia em uma semifinal internacional.

 

É um desafio recheado de obstáculos. Para começar, o triunfo é essencial. Caso ele aconteça, e pelo placar de 1×0, a decisão da vaga será na disputa por pênaltis. Qualquer outro resultado em favor do tricolor garante a classificação direta devido ao critério do gol marcado fora de casa. O Atlético–PR defende uma invencibilidade de 13 jogos como mandante.

 

Nela, há uma sequência de doze vitórias consecutivas. Tamanha imponência do time em Curitiba se confunde com a mudança para o gramado sintético no seu estádio, o único da Série A com piso artificial. “Temos que nos adaptar rapidamente ao gramado, que é sintético. Vamos entrar concentrados na partida para superar isso”, avisa o experiente volante Nilton, cotado para ser o capitão do Bahia na partida segundo informações do Correio da Bahia.

 

Para ele, a atenção tem que ser dobrada em cada lance disputado. “Temos que confiar desconfiando do companheiro. Pelo domínio, pela jogada, temos que estar sempre com um segundo jogador para dar suporte. Em jogos assim, as bolas alçadas são importantes para transferir a responsabilidade colocando na área adversária e brigando pela segunda bola”, analisa o volante.

 

“Nossa equipe tem a virtude que é o toque de bola, a saída em velocidade e vamos colocar tudo isso em prática mesmo jogando no sintético. No aquecimento vamos ver qual melhor chuteira, mista ou borracha”, detalhou Nilton, sobre as preocupações da equipe em relação à grama. O sonho do volante vai além da classificação. O multi-campeão (três títulos de Série A – um pelo Corinthians e dois pelo Cruzeiro – e um de Copa do Brasil – pelo Vasco) não hesita ao pensar em título.

 

O fato dessa campanha na Sul-Americana já ser a melhor do clube, está longe de satisfazê-lo. “Título é título, coroa a temporada. Tivemos já cinco competições, campeões em uma, vice em outra e estamos dando seguimento com Enderson, o elenco está dando o máximo para coroar o que estamos fazendo. O coletivo aparece, o individual também pelo que a equipe apresenta. Você deixa uma coisa histórica no clube por ter chegado às quartas pela primeira vez, mas queremos dar continuidade até porque sabemos da qualidade e potencial que a gente vem apresentando e ainda pode apresentar”, aposta.