O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Angelo Coronel (PSD), confessou ontem (12), que não sabe quais emendas foram aprovadas junto com a reforma administrativa enviada à casa por Rui Costa (PT). O projeto previa a extinção da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), mas sofreu emendas de última hora, aprovadas e lidas com rapidez pelo relator Manassés (PSD).

 

A proposta de reforma administrativa apresentada pelo governador prevê a redução de quase mil cargos comissionados e a extinção de órgãos. O governo quer, com as medidas, economizar R$ 400 milhões anuais. Servidores contrários à reforma realizaram protestos na Alba. Durante as manifestações, a porta de vidro da entrada do plenário da Assembleia foi quebrada.

 

“O projeto foi aprovado na integralidade, mas tivemos algumas emendas que o relator leu. Confesso que de tanta zuada, não sei quais emendas foram apresentadas e aprovadas”, disse Angelo Coronel. Entre outros pontos, a reforma administrativa também previa, no seu texto original, a alienação da Bahia Pesca e a determinação que diretores e vice-diretores deveriam exercer o cargo em dedicação exclusiva em regime de tempo integral.