O corpo do cantor Gabriel Diniz chegou por volta de 5h desta terça-feira (28), ao ginásio de esportes Ronaldão, no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa, para ser velado. Conhecido pelo hit “Jenifer”, Gabriel morreu na queda de um avião de pequeno porte junto com outras duas pessoas na tarde desta segunda.

O velório foi, inicialmente, fechado para familiares e amigos do cantor, como Wesley Safadão e a dupla Matheus e Kauan. A previsão é que a cerimônia seja aberta ao público a partir das 8h. O sepultamento deverá ser realizado nesta tarde.

GD, como o cantor era conhecido, estava no avião acompanhado de Linaldo Xavier e Abraão Farias, pilotos e diretores do Aeroclube de Alagoas. Eles faziam o trajeto entre Salvador e Maceió, para onde Diniz viajava para comemorar o aniversário da namorada, Karoline Calheiros.

A queda da aeronave ocorreu na tarde de segunda no povoado Porto do Mato, em Estância, sul de Sergipe. O corpo foi liberado às 21h desta segunda do Instituto Médico Legal de Sergipe (IML), em Aracaju.. Por volta das 3h30 desta terça, o corpo chegou ao aeroporto Castro Pinto, na região da Grande João Pessoa. Os corpos chegaram ao IML às 18h15.

O diretor José Aparecido Cardoso informou que as três vítimas sofreram politraumatismo. Na noite do último domingo (26), Diniz havia feito um show em Feira de Santana (BA). O cantor estava indo encontrar a família para comemorar o aniversário da namorada, Karoline Calheiros, que completa 25 anos nesta segunda. Por esse motivo, ele pegou o avião para Maceió.

Aeronáutica vai investigar o acidente

A Aeronáutica irá investigar as causas do acidente com o avião em que estava Gabriel Diniz. Em nota, o órgão informou que “investigadores do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), realizarão a ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-KLO, ocorrido nesta segunda-feira (27/5), em Estância (SE)”.

Não há prazo para as investigações terminarem.

Documentos achados no local do acidente ao lado do passaporte de Gabriel Diniz mostram que a aeronave é um monomotor Piper Cherokee prefixo PT-KLO, fabricado em 1974, com capacidade para quatro lugares e registrado em nome do Aeroclube de Alagoas.

A assessoria de imprensa do aeroclube informou que o avião estava com a manutenção em dia e em perfeito estado de conservação. Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que o avião estava em situação regular.

O avião, de matrícula PT-KLO, da fabricante Piper Aircraft, era um monomotor com capacidade máxima de 3 passageiros mais a tripulação, totalizando 4 assentos. A aeronave, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Anac, só pode ser usada para voos de instrução.

Segundo um dos diretores do Aeroclube de Alagoas, conhecido como Bebeu, a aeronave não era utilizada para táxi aéreo ou frete, apenas para instruções. Abraão Farias, um dos pilotos que morreu no acidente, seria amigo de Gabriel Diniz e teria ido passar o fim de semana com o cantor em Salvador.

Na volta, ofereceu uma carona ao artista. Bebeu disse que os diretores do aeroclube têm autonomia para pagar combustível do próprio bolso e fazer o uso pessoal do avião. Linaldo Xavier, que também morreu no acidente, tinha três anos de experiência como piloto. Já Farias era piloto desde 2012. A agência também suspendeu as operações do Aeroclube de Alagoas, dono do avião. Outras 9 aeronaves que pertencem ao aeroclube foram interditadas e estão proibidas de voar. G1