O corpo do jornalista saudita Jamal Khashoggi, morto no consulado de seu país em Istambul, foi desmembrado para ser “dissolvido” com mais facilidade, afirmou Yasin Aktay, assessor da presidência turca, ao jornal “Hürriyet”. O corpo do jornalista não foi encontrado. “Eles não se conformaram em desmembrá-lo, eles se livraram do corpo dissolvendo-o “, disse Yasin Aktay, assessor do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

 

“Segundo informações que temos, a razão pela qual desmembraram o corpo foi para dissolvê-lo mais facilmente”, completou. “Queriam assegurar que não ficaria nenhum rastro. Todos os locais para os quais nos levam as câmeras de segurança foram examinados e não encontramos o cadáver”, disse Aktay, que tinha boas relações com Khashoggi.

 

Uma fonte do governo turco afirmou ao jornal “Washington Post” que as autoridades examinam a hipótese de dissolução do corpo com ácido no consulado ou na residência do cônsul. A noiva do jornalista, Hatice Cengiz, fez um apelo à comunidade internacional, em artigo publicado por vários meios de comunicação, para que adote “medidas reais, sérias e concretas para esclarecer a verdade e levar os responsáveis à justiça” segundo o G1.

 

Cengiz fez pede aos Estados Unidos, país onde Khashoggi se exilou em 2017, para que lidere esses esforços. “A primeira emenda da Constituição simboliza os ideiais de Jamal”, estimou ela. “Mas, face a esta tragédia, o governo Trump adotou uma posição desprovida de qualquer fundamento moral”, avaliou. As últimas revelações sobre as circunstâncias do assassinato de Khashoggi coincidem com a “Jornada Internacional contra a Impunidade para os Crimes contra os Jornalistas”, instaurado pela Unesco e celebrado nesta sexta-feira (2).