O corpo da médica Marcelle Porto Cangussu, primeira vítima do rompimento da barragem de Brumadinho identificada, foi sepultado neste domingo (27), no Parque da Colina, em Belo Horizonte. Marcelle tinha completado 35 anos um dia antes da tragédia. Ela trabalhava para a Vale desde 2016 e não estava na escala da sexta-feira, mas foi chamada de última hora e compareceu. O enterro foi apenas para amigos e parentes da médica.

A barragem do Feijão, da Vale, se rompeu na sexta-feira (25). Há 37 mortos confirmados e quase 300 desaparecidos. Outras duas vítimas da tragédia foram sepultadas hoje. Leonardo Alves Diniz, 33 anos, era técnico de manuntenção da Vale, onde trabalhava há mais de dez anos. De folga, ele também foi convocado para um plantão. Morador de Sarzedo, na Grande BH, Leonardo deixa um filho de 7 anos.

O corpo foi sepultado no Cemitério Bom Jardim, em Mário Campos, a 15 km de Brumadinho. Willian Jorge Felizardo Alves, 36 anos, trabalhava na barragem da Vale. O corpo dele foi sepultado hoje no Cemitério da Paz, em Belo Horizonte.

Buscas
As operações de buscas por vítimas da lama da barragem da Vale que se rompeu em Brumadinho (MG) foram retomadas nesta tarde, conforme informou há instantes o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais. Os trabalhos de busca estavam suspensos desde a madrugada deste domingo devido aos riscos de rompimento da barragem de número 6, localizada na mesma região.

Segundo explicou o tenente-coronel, a retomada das buscas foi possível após a drenagem de parte da água da barragem de número seis e a diminuição de risco de acidentes. “A barragem (seis) não oferece risco para as pessoas que moram na região, nem para os bombeiros que fazem as buscas”, explicou há pouco Godinho.

Segundo ele, as pessoas evacuadas no início do dia já estão liberadas para retornar para suas casas, e as barragens continuarão sendo monitoradas.