Agência Senado

A CPI da Covid no Senado apreendeu, nesta quinta-feira (1º), o celular do policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que diz ser representante no Brasil de uma empresa privada que atuaria na intermediação de contratos de vacinas – a Davati Medical Supply. A apreensão foi motivada por dúvidas da CPI sobre o contexto de um áudio atribuído ao deputado Luis Miranda (DEM), citado e reproduzido por Dominguetti durante a fala à comissão. O policial diz que Miranda tentou negociar aquisição de vacinas contra a Covid diretamente com a Davati. A decisão de recolher o celular foi anunciada pouco antes do meio-dia, e o celular de Dominguetti foi retido pela mesa da CPI. Às 15h, uma equipe da Polícia Legislativa do Senado compareceu à sala da comissão e, na frente dos membros e do advogado do depoente, recolheu o aparelho em uma embalagem lacrada: Os nomes de Miranda, de Dominguetti e da Davati vieram à tona, nos últimos dias, em razão de duas denúncias distintas de supostas irregularidades na compra dos imunizantes. Dominguetti usou o áudio como “prova” da afirmação de que Luis Miranda teria tentado intermediar compra de vacinas. O áudio, no entanto, não cita a palavra vacina ou qualquer sinônimo.