A CPI do MST da Câmara Federal aprovou na última quarta-feira (12) requerimentos convidando o secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, e o comandante da Polícia Militar (PM) no Estado, coronel Paulo José Reis de Azevedo. A comissão também pretendia convidar o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), mas esse pedido foi derrubado pela bancada do governo.
No total, os membros da CPI aprovaram 21 requerimentos na sessão de hoje. O secretário e o comandante da PM na Bahia foram convidados, e não convocados, ou seja, poderão comparecer se desejarem para falar sobre as ações do MST no Estado. Este ano, a maioria das invasões de terra feitas pelo movimento ocorreram em solo baiano, onde a oposição também tenta, agora por via judicial, instalar uma CPI sobre o mesmo tema na Assembleia Legislativa.
A CPI, que tem como relator o deputado bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP), aprovou ainda um pedido de informações à empresa Suzano, que teve terras invadidas pelos sem-terra este ano, sobre ações do MST na Bahia. Um requerimento pedindo o convite ao presidente da Suzano, Walter Schalka, foi derrubado.
Na terça-feira (11), durante a abertura da Feira e Convenção Baiana de Supermercados, Atacados e Distribuidores (SuperBahia), no Centro de Convenções de Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou não temer um convite ou convocação do aliado Rui Costa na CPI.
“O ministro tem a maior tranquilidade, caso isso venha a ocorrer. Pode responder na condição de governador durante oito anos, quando manteve uma relação com todos os movimentos, inclusive o MST, que respeitamos e entendemos como um grupo importante para o desenvolvimento nacional e a pauta da reforma agrária. Tenho certeza que Rui não precisa ir ao Congresso para se justificar, mas caso seja chamado ele o fará com a mesma firmeza de sempre”.
Vale lembrar que a relação entre Rui Costa e o MST ficou estremecida quando o ministro teria vetado a participação do movimento no lançamento da plataforma digital Brasil Participativo, que aconteceu em Salvador, com a presença do presidente Lula (PT), em maio. Desde então, o movimento tenta, sem sucesso, uma audiência com o titular da Casa Civil. Política Livre