Após um silêncio momentâneo no primeiro dia após a denúncia de racismo feita pelo empresário Crispim Terral, a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis, participou de um encontro com a vítima e com o comandante-geral da Polícia Militar, Anselmo Brandão. Terral acusa o gerente-geral da agência Relógio de São Pedro da Caixa Econômica Federal e dois policiais militares de racismo.
“O objetivo (da reunião) foi passar uma mensagem do governo do Estado, nos colocando, através do Centro de Referência Nelson Mandela, à disposição para acompanhamento de perto do caso. As imagens nos chocam. Estamos promovendo esse acolhimento e transmitindo a mensagem ao Crispim de que ele não está sozinho e que as instituições tomaram as suas providências protocolares”, afirmou Fabya.
O empresário considera que a denúncia do caso, publicada por ele em uma rede social, pode ajudar outras pessoas a não se calarem. “Façam o mesmo que eu fiz, abram a boca, se expressem, briguem, lutem até o final para que a sociedade tenha certeza do que está acontecendo no dia a dia”, acrescentou.
CORREGEDORIA DA PM
O comandante-geral da PM informou que a Corregedoria está acompanhando o caso e coletando dados sobre a ocorrência, que teve repercussão nacional após Terral divulgar as imagens gravadas pela filha dele em redes sociais.
“Ouvimos agora a parte (a vítima) e vamos aguardar o resultado. Nós lamentamos as imagens, mas, com relação ao fato em si, nós vamos aguardar todo o processo e, tão logo ele seja concluído, vamos adotar as medidas correcionais”, apontou Brandão segundo o Bahia Notícias.