(ARISSON MARINHO / CORREIO)

O Bahia perdeu o primeiro jogo da decisão da Copa do Nordeste. Na tarde deste sábado (1º), o tricolor foi derrotado por 1×0 pelo Ceará, em Pituaçu, e precisará correr atrás do prejuízo no estádio Castelão, em Fortaleza. O reencontro será no próximo sábado (8), às 16h. Se der empate, o alvinegro, atual campeão, fica com a taça. Se o tricolor vencer por um gol de diferença, o título será decidido nos pênaltis. Apesar do adversário estar com a vantagem, o técnico Dado Cavalcanti se mostrou confiante após o apito final.

“Foi um jogo igual, decidido num detalhe, até certo ponto penalizando nossa equipe no final, mas a decisão está aberta. Temos totais condições. Fizemos um bom início de jogo, levamos o Ceará para trás. Por detalhes, a história do jogo foi cruel para a gente. Temos que ter tranquilidade, porque podemos reverter o placar”, afirmou o treinador.

Antes do único gol do jogo, anotado por Jael aos 47 minutos do segundo tempo, a partida tinha sido marcada por duas expulsões muito semelhantes. Luiz Otávio e Charles exageraram nos carrinhos e deixaram o gramado ainda na etapa inicial. O zagueiro do Bahia levou a chapa vermelha aos 18 minutos e o volante do Ceará aos 46.

Dado Cavalcanti explicou que a desvantagem numérica fez o tricolor atacar menos. “Nós até tentamos, mas ficamos 25 minutos correndo atrás do Ceará. A expulsão veio aos 18 minutos do primeiro tempo; Charles foi expulso no finalzinho, nos acréscimos do primeiro tempo. Passamos o primeiro tempo correndo atrás. Um sacrifício muito grande, principalmente dos nossos homens de frente. Após a expulsão, eles começaram a correr mais para trás do que para frente. Voltamos no segundo tempo em igualdade, tentamos correr para frente, pressionar, mas eles foram perdendo rendimento físico. Dentro de campo, foram enfraquecendo. As trocas aconteceram neste sentido. Perda técnica foi significativa, junto com a perda física. A tentativa foi manter o padrão, mas não conseguimos”, disse.

Imediatamente após a expulsão de Luiz Otávio, o técnico substituiu o meia Daniel pelo zagueiro Juninho, para recompor a defesa. “Daniel traz equilíbrio ofensivo. Da dinâmica de passes curtos, da passa e recebe. Daniel tem também um pouco mais de fragilidade física, e o campo, na oportunidade da expulsão, era muito pesado. Na nossa leitura, dificilmente Daniel terminaria o jogo. Fiz a opção por sacrificá-lo. Ele é um dos criadores da equipe, um dos jogadores mais importantes. Thaciano ficou porque tínhamos Patrick na construção, e Thaciano chegaria à frente, mais ao gol”, explicou.

Para a partida de reencontro com o Ceará, o técnico Dado Cavalcanti não poderá contar com o lateral direito Nino Paraíba, o zagueiro Luiz Otávio e o volante Patrick. Titulares absolutos do time atualmente, eles estão suspensos. “São perdas significativas, mas o trabalho mental já começou no pós-jogo, dentro do vestiário, tendo a consciência de que não perdemos nada. Faltam 90 minutos ainda. Um gol marcado, um triunfo simples, é pênalti. Teremos outros jogadores. Esses três não vão poder nos ajudar, mas há também outros jogadores motivados para fazermos uma montagem competitiva para esse segundo jogo”, projetou Dado Cavalcanti.

Antes de Bahia e Ceará se enfrentarem no jogo de volta da final da Copa do Nordeste, as duas equipes entram em campo pela Copa Sul-Americana. O Bahia recebe o Independiente, da Argentina, na terça-feira (4), às 19h15, em Pituaçu. O Ceará visita o Bolívar, no mesmo horário, só que na quarta-feira (5), no estádio Hernando Siles, em La Paz, na Bolívia. (Correio da Bahia)