EC Bahia

O desempenho do Bahia durante a derrota para o América-MG, por 4×3, na noite desta quarta-feira (30), no estádio de Pituaçu, passou longe do que os tricolores esperavam. Fragilizado defensivamente, o Esquadrão viu o Coelho aproveitar a chance e chegou a estar perdendo por 4×1.

Ao final do jogo, o técnico Dado Cavalcanti não escondeu os problemas da sua equipe. Questionado se foi surpreendido pela estratégia do América de jogar no contra-ataque, explorando as costas dos laterais do tricolor, Dado explicou que o que não funcionou foi a pressão do Bahia no campo de ataque.

“Talvez não houve surpresa. Nós esperávamos um América marcando baixo e contra-atacando. Talvez essa receita deu muito mais certo do que nós esperávamos. Nós temos uma condição de jogo de empurrar o adversário, mas também temos a condição de utilizar a pressão pós-perda de bola efetivamente no campo do adversário, que faz com que a gente sofra menos contra-ataques”, iniciou ele.

“Hoje, talvez, mais do que a precipitação nos erros na frente, a nossa pressão pós-perda não funcionou tão bem. Talvez pelo nível de desgaste dos nossos atletas, faltou força para correr para frente e gastamos muita energia correndo para trás. Não tenho dúvidas de que isso foi determinante para o resultado do jogo e a vantagem elástica que o América nos impôs”, disse o comandante.

Questionado sobre a entrada de Lucas Fonseca no lugar de Luiz Otávio, o treinador explicou que a mudança fez parte da estratégia montada para a partida. Sem ritmo, Lucas cometeu falhas que proporcionaram ao time mineiro estufar as redes do Bahia.

“A ideia era por entender que o América estaria mais atrás, mais posicionado, era fazer uma construção com passes curtos, são características diferentes de um jogador para o outro. Luiz (Otávio), que vinha jogando, tem o passe longo mais pesado, e Lucas tem o passe curto entre linhas que poderia contribuir um pouco mais com a ideia de jogo do América”, explicou.

Pouco eficiente
Além dos erros na defesa, Dado Cavalcanti comentou o desempenho ofensivo do Bahia na partida. Como em outros jogos do Brasileirão, o tricolor até criou boas chances, mas pecou na finalização. O ponto baixo foi a bola que Oscar Ruiz recebeu de Thonny Anderson. Livre de marcação e sem goleiro, o paraguaio chutou em cima do zagueiro.

“Já fazem dois jogos que nós criamos muito, hoje, mesmo tomando a quantidade de gols, nós criamos muito, tivemos chance de finalização. Às vezes a gente endurece ou direciona demais para um atleta, e uma coisa que eu não vou, e não faço, é transferir a responsabilidade para um atleta. A nossa equipe foi abaixo do normal, perdeu forças, poderia estar mais forte dentro de campo, não aconteceu. Os erros foram erros de quem quer contribuir, e vamos sempre dar confiança aos atletas, continuar buscando a evolução, para que a gente consiga dar o retorno voltando a pontuar”, finalizou o treinador.

Com 11 pontos no Brasileirão, o Bahia mira agora o duelo com a Chapecoense. Neste domingo (4), o Esquadrão visita a Chape, às 11h, na Arena Condá, em Chapecó. Correio da Bahia