EC Bahia

O desempenho do Bahia durante a vitória sobre o Juventude, por 1×0, na noite desta quarta-feira (7), no estádio de Pituaçu, passou longe de ser um primor. Pouco inspirado, o tricolor sofreu para quebrar a marcação do time gaúcho e por muito pouco não amargou mais um tropeço em casa.

Ao final da partida, o técnico Dado Cavalcanti analisou a apresentação do tricolor. O treinador reconheceu que o time esteve abaixo tecnicamente, mas valorizou a organização da equipe, o que, na visão dele, foi o ponto chave para conquistar o triunfo.

“A nossa equipe tentou, não estávamos em uma noite inspirada, mas o diferencial foi a organização. Nós cedemos pouquíssimos contra-ataques para uma equipe que tem como postura ofensiva a reatividade. Eles atacam muito bem, com Paulinho Bóia e Wescley. Nós impedimos que isso acontecesse”, explicou o treinador.

Questionado sobre a atuação do sistema ofensivo, o treinador minimizou as poucas chances criadas e creditou as dificuldades ao forte bloqueio defensivo montado pelo Juventude. Assim como foi na derrota por 4×3 para o América-MG, o Esquadrão pecou no último terço do campo e teve dificuldade para quebrar as linhas.

“Qualquer equipe, independente do nível, vai sofrer contra equipes que se fecham bem em baixo. Dificilmente vai haver goleadas com equipes que se fecham bem. Não é uma condição exclusiva do Bahia”, disse o treinador.

“Volto a lamentar a falta de treinamentos. Pela sequência de jogos faz muito tempo que nós não treinamos com esses jogadores que vêm jogando repetidas vezes. Aos atletas que as vezes jogam, as vezes não, a gente consegue dar um nível de treino maior. Então, não dá nem para fazer uma comparação com os treinos e os resultados em campo”, continuou.

Já sobre o aspecto defensivo, o treinador reconheceu que o time deu algumas brechas quando já estava vencendo por 1×0 e que poderia ter se complicado, mas voltou a elogiar o rendimento na totalidade da partida.

“Tivemos problemas defensivos no terço inicial, deixamos a desejar em algumas tabelas laterais pelo lado esquerdo, o adversário teve duas chances. Mas também não podemos dizer que demos esse espaço todo, não foi esse apagão. Soubemos descer as linhas, mas não soubemos engatilhar os contra-ataques com Oscar (Ruiz) e Maycon Douglas para, talvez, matar a partida”, finalizou. (Correio da Bahia)