Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro, disse acreditar que o preço da carne vai diminuir “daqui a um tempo” e descartou qualquer tipo de intervenção. Segundo ele, o valor do produto, que sofreu forte reajuste nas últimas semanas, é definido pelo mercado. “Quero deixar bem claro que esse negócio da carne é a lei da oferta e da procura. Não posso tabelar, inventar. Isso não vai dar certo”, disse o presidente no sábado, a turistas que o aguardavam na chegada ao Palácio do Alvorada.

“Tivemos uma pequena crise agora [no preço da carne] mas vai melhorar. A carne aqui, internamente, daqui a algum tempo, acho que vai diminuir o preço”, completou, dirigindo-se a um dos populares que o aguardavam no local. Um dos turistas, que se identificou como pecuarista, agradeceu a Bolsonaro pelo preço da arroba do boi e afirmou que isso iria entrar para a história.

Abate

Bolsonaro citou que, ao abater matrizes de gado, a tendência era faltar carne e o preço aumentar. Na quinta (28), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o preço da arroba do boi gordo, que em São Paulo teve aumento real de 35% em um mês, não vai mais retornar ao patamar anterior. No fechamento de novembro, o aumento nos preços da carne bovina desossada no mercado atacadista foi de 22,9% na média de todos os cortes pesquisados, de acordo com a Scot Consultoria.

Já os preços da carne bovina vendida em supermercados e açougues de São Paulo registraram uma alta de 8%, na média de todos os cortes, segundo a consultoria. No Paraná a alta também foi consistente, 3,5%. Já no Rio de Janeiro e em Minas Gerais as variações foram mais tímidas, de 0,2% e 1%, respectivamente.