EC Bahia

A vida de Ligger no futebol já deu muitas voltas. Baiano de Santo Amaro, mas radicado em São Francisco do Conde, ele iniciou a carreira como profissional no Icasa, do Ceará, e rodou por clubes como Oeste, Fortaleza, Red Bull Bragantino e jogou até no futebol da Moldávia. Mas só agora, aos 33 anos, vai ter a primeira experiência em um clube baiano.

Anunciado como reforço do Bahia na semana passada, o jogador falou pela primeira vez como atleta do Esquadrão. Ligger explicou como foi o seu início no futebol e não escondeu a felicidade em vestir as cores do novo clube.

“A minha vida profissional acabou sendo muito rápida. Não tive passagens marcantes pelos clubes aqui de Salvador. Joguei um campeonato de base pelo Ipitanga, o Intermunicipal pela seleção da minha cidade, São Francisco do Conde, trabalhei no Real Salvador, e logo depois recebi uma oportunidade para jogar no Icasa-CE. Lá eu fui bem e com 18 anos assinei contrato e iniciei a minha vida profissional”, explicou ele.

No Bahia, Ligger diz que espera retribuir em campo o apoio que vem recebendo não apenas dos torcedores nas redes sociais, mas também da família. Segundo ele, boa parte dos familiares torcem para o tricolor e ficaram empolgados quando souberam do acerto.

“É uma responsabilidade muito grande. Eu escolhi estar no Bahia. Quando apareceu a oportunidade eu fiquei muito feliz, por ser conterrâneo, ser do estado. Eu moro no interior da Bahia e entre 90%, 95% da minha família é tricolor, estão contentes pela minha chegada. Eu espero contribuir ao máximo o carinho que eu venho recebendo para, junto com os meus companheiros, buscar grandes resultados na temporada”, disse ele.

“A felicidade é imensa por ser um clube que a minha família toda veste as cores, e comigo não poderia ser diferente. Eu saí muito cedo para jogar futebol, nunca havia jogado aqui no estado, e vir jogar num grande clube como o Bahia é uma felicidade imensa. Espero poder contribuir para honrar as cores que hoje estou vestindo”, continuou.

A primeira experiência de Ligger pelo Bahia aconteceu no último domingo (27). Apesar de não ter entrado em campo, ele ficou no banco durante a derrota para o Palmeiras, por 3×2. Enquanto trabalha na Cidade Tricolor a espera de uma chance, o zagueiro diz que está pronto caso seja escolhido por Dado e revela em qual lado prefere jogar.

“Eu chego para somar, não digo que vou tirar espaço de ninguém, mas vou contribuir com os outros jogadores. Acho muito importante essa união dentro do grupo. Chego para agregar e continuar fazendo da parte defensiva sólida”, explicou.

“Eu sou canhoto e, assim como o Juninho, gosto de jogar do lado da perna de origem. Mas independente de qual lado seja, estou aqui para buscar o meu espaço junto com qualquer jogador que o professor optar”, finalizou ele. O Bahia de Ligger volta a entrar em campo nesta quarta-feira (30), quando recebe o América-MG, às 19h, no estádio de Pituaçu, pela 8ª rodada da Série A. (Correio da Bahia)