Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato, publicou em uma rede social críticas à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que anulou provas recolhidas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com Deltan, o “maior erro da história do país” foi o que chamou de “leniência do STF com a corrupção de Lula e de mais de 400 políticos”. Ambas as frases fazem referência à decisão de hoje do ministro Dias Toffoli, que declarou as provas obtidas pela Operação Lava Jato como imprestáveis, e chamou a prisão de Lula “um dos maiores erros judiciários do país”.
“O maior erro da história do país não foi a condenação do Lula, mas a leniência do STF com a corrupção de Lula e de mais de 400 políticos delatados pela Odebrecht. A anulação da condenação e do acordo fazem a corrupção compensar no Brasil. E se tudo foi inventado, de onde veio o dinheiro devolvido aos cofres públicos? E com a anulação do acordo, os 3 bilhões devolvidos ao povo serão agora entregues novamente aos corruptos? Os ladrões comemoram enquanto quem fez a lei valer é perseguido”, escreveu.
Além disso, em entrevista à GloboNews, Deltan rebateu o argumento do ministro Dias Toffoli que, em sua decisão, destacou que a operação da Lava Jato recebeu dados e informações da Odebrecht sem cooperação internacional. “O ministro faltou com a verdade na decisão. Está absolutamente equivocada ou mentindo nesse ponto”, disse. “Houve perseguição de inocentes? Houve falta de provas? É claro que não. Se houver, quero saber onde”, acrescentou. BNews