Agência Brasil

O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde desta terça-feira (30), a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. Até a última atualização desta reportagem, o Palácio do Planalto não tinha anunciado oficialmente a saída do ministro. A expectativa é encontrar um novo nome para o posto ainda nesta terça.

No fim da tarde, o assessor especial do ministro, Paulo Roberto, deixou o prédio do ministério e confirmou o pedido de demissão do ministro. Ele afirmou que não teve acesso à carta entregue por Decotelli a Bolsonaro e disse que o ministro está “visivelmente abalado com essa situação”. Após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou Decotelli a deixar o cargo.

Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda, o presidente já dava como insustentável a situação dele. Bolsonaro fez a publicação depois de ter se reunido com Decotelli e ouvido explicações. São três os pontos questionados no currículo de Decotelli:

  • denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
  • declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido;
  • e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.
  • Na última quinta-feira, Bolsonaro anunciou e o “Diário Oficial da União” publicou a nomeação do ministro. Mas no fim de semana, após se tornarem públicas inconsistências em seu currículo, nem chegou a tomar posse. Por Valdo Cruz/G1