O município de Cruz das Almas, no recôncavo baiano, recebeu oficialmente a nova unidade da Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) na última quarta-feira (24). Os cruzalmenses podem buscar a assistência jurídica da instituição, que está abrindo os serviços na comarca pela primeira vez, procurando o Fórum Tancredo Neves, localizado na Rua Clodoaldo Gomes Costa, n° 430. A cerimônia de inauguração foi marcada por um auditório praticamente lotado e discursos que assinalaram a necessidade de esforços para garantir acesso à Justiça a todos os cidadãos, especialmente os que vivem em condições desfavorecidas.

O prefeito do município, Orlando Peixoto (PT), aproveitou a ocasião e a presença do defensor público geral, Rafson Saraiva Ximenes, para assinar decreto concedendo terreno de cerca de 510m² onde a DPE poderá construir instalação própria e definitiva na cidade. Dirigindo-se diretamente à população de Cruz das Almas presente no auditório do Fórum, o defensor-geral comentou sobre o significado da instalação da DPE/BA na localidade.

“A partir de agora, mães que não têm recursos para custear as despesas com os filhos não ficarão desamparadas, sem saber para onde se dirigir, porque não têm condições de pagar um advogado para que os pais paguem pensão. Crianças não vão deixar de ter seus documentos, com paternidade reconhecida, porque não tem como pagar um exame de DNA”, exemplificou Rafson Ximenes em seu discurso.

Para o prefeito de Cruz das Almas, Orlando Peixoto (PT), a chegada da Defensoria representa a recepção de relevantes serviços para a população local. “É um prestígio a chegada dos serviços em nossa cidade. Irá dar uma grande contribuição para assistir aqueles que precisam”, comentou.

A defensora pública Carina Góes, que coordena a 6ª Regional da DPE/BA – Santo Antônio de Jesus (que passa a abarcar a comarca de Cruz das Almas) destacou que o momento representa o crescimento institucional. “A abertura desta unidade é fruto de um projeto de expansão que reconhece a importância da existência da Defensoria no interior. É o fortalecimento da interiorização e do acesso à Justiça apesar de um cenário político [brasileiro] desfavorável”, assinalou Carina Góes.