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Os impactos ambientais e sociais que a construção do empreendimento turístico-imobiliário Fazenda Ponta dos Castelhanos pode causar nas comunidades Garapuá e Cova da Onça, na Ilha de Boipeba, em Cairu, no sul baiano, serão discutidos em uma audiência pública no dia 13 de maio, a partir das 14h, na sede da Associação da Comunidade de Garapuá.

O debate é uma iniciativa da Defensoria Pública do Estado, acionada pela Comissão Pastoral dos Pescadores da Bahia.

De acordo com o edital de convocação, a comunidade alertou que grandes empresários estão tentando fazer novas construções e pretendem implantar loteamentos às margens da lagoa, única fonte de abastecimento de água.

No documento, é destacado que apesar das ações de resistência dos moradores e da legislação que protegem seus direitos socioambientais e territoriais, “é possível verificar que o processo de implantação do empreendimento tem avançado, com a anuência do Poder Público”.

No edital, também é apontado que o projeto é incompatível com uma ilha pequena como a de Boipeba, que possui ecossistemas sensíveis e recursos naturais limitados.

“Com a sua implantação, haverá o desmatamento de manguezais e de áreas de preservação permanente, alteração dos locais de desovas de tartarugas marinhas, aterramento de uma área de 221.886 m² com cerca 100.000 m³ de solo e areia retirados na localidade, danos ambientais aos córregos, prejuízos para o abastecimento de água no local e outros danos irreversíveis”, diz trecho do documento.

Participarão da audiência representantes de órgãos competentes do Poder Público Municipal, Estadual e Federal, para tratar das questões ambientais e sociais.