Ricardo Stuckert

A defesa do ex-presidente Lula está avaliando as possibilidades legais para evitar a determinação de mudança de regime penal para o semiaberto. Uma das opções que serão submetidas à apreciação de Lula é a que defende o uso de decisão na qual o Supremo, em agosto, vetou transferência do ex-presidente para Tremembé sob o argumento de que ele aguarda a conclusão do julgamento de um habeas corpus na corte.

Os advogados do ex-presidente consideram que qualquer mudança antes deste veredito do STF seria precipitada. A informação é da coluna Painel da Folha de S.Paulo  O habeas corpus que está no Supremo e pode ser usado pela defesa de Lula é o mesmo que questiona a imparcialidade do ex-juiz Sergio Moro.

O julgamento do caso depende do ministro Gilmar Mendes, que pediu vista. A coluna informa ainda que outra linha da defesa é a que aponta a solicitação dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato para que Lula migre para o regime semiaberto como ilegítima, já que a suspeição deles também é questionada na Justiça em um outro habeas corpus.

Se ainda assim a juíza Carolina Lebbos decidir autorizar a migração de Lula para o regime semiaberto, a defesa do petista entende que ele não está obrigado a cumprir qualquer condição legal, com base no artigo 113 da Lei de Execuções Penais, que diz que “o ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo juiz”. O advogado Cristiano Zanin visita Lula nesta segunda (14). Até sexta-feira (18), a defesa finaliza a resposta à Justiça.