Na sessão ordinária desta última segunda-feira (11), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputados da base do governo e da oposição protagonizaram um debate sobre o atual cenário da segurança pública do estado. Entre os mais exaltados no discurso, o filho do vice-governador Geraldo Júnior, Matheus Ferreira (MDB), pediu para que os parlamentares contrários à gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) “deixem de hipocrisia”.
“Nas últimas semanas ouvimos críticas, palavras de baixo calão, mas aí eu me pergunto: qual o intuito? Nós entendemos a preocupação das vítimas, dos familiares, do anseio da população. Mas, acima de tudo, a hipocrisia nesta Casa não pode continuar reinando. Estão tornando palanque político. É muito fácil nós, deputados, colocar o paletó, a nossa gravata e viemos criticar o papel daqueles homens e mulheres que saem pela manhã e não sabem se vão retornar para as suas casa. Eu peço que antes de criticar, tragam uma solução, ou então, ao invés de colocar o paletó e uma gravata, que coloquem um distintivo no peito”, disse Matheus Ferreira.
A fala do filho do vice-governador foi critica pelo deputado Robinho (União), que rebateu a declaração: “Eu vejo um colega chamar os deputados de oposição de hipócritas. Quando um deputado questiona a situação da segurança pública é hipocrisia? Eu acho que estou na inversão de valores. Devemos mostrar ao governo os erros para corrigir”, disse Robinho.
Líder do governo na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) também criticou os oposicionistas, principalmente, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União). O parlamentar sugeriu que o ex-gestor se candidatasse a deputado estadual para fazer os seus discursos, e afirmou que Neto pediu voto para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem atribuiu a crise na violência.
“O ex-prefeito pediu voto para o ex-presidente, que incentivou o ódio, a violência. Ele deveria se candidatar a deputado estadual e subir aqui para fazer os seus discursos. Se nós temos hoje um crime nacionalizado em que as grandes facções coordenam o crime no Brasil inteiro foi sob a tutela do ex-presidente da República, que foi eleito com o voto do ex-prefeito de Salvador”, disse Rosemberg. Política Livre