Foto :Matheus Simoni/ Metropress

O recurso de R$ 1,2 bilhão desbloqueado pelo Ministério da Educação (MEC) é importante,  mas ainda não é suficiente para as instituições federais de ensino superior, de acordo com o reitor da  Universidade Federal da Bahia (Ufba) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), João Carlos Salles.

“É importante, mas não é suficiente. O desbloqueio é até um reconhecimento de que as universidades não poderiam suportar um tempo a mais [com a verba congelada]”, declarou Salles ao UOL. O valor desbloqueado corresponde à metade da verba que havia sido congelada para essas instituições, de R$ 2,12 bilhões.

A liberação é feita no orçamento discricionário, ou seja, que envolve despesas como luz e água, mas não salários.  O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) lembra que”as universidades já têm executado medidas para adequar seus gastos e suas despesas” a um orçamento que, mesmo antes dos bloqueios, já era defasado.

Os recursos para as universidades sofrem cortes desde 2014, época da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).  “Há uma defasagem do orçamento das universidades que vem desde 2014 e que é crescente. Em relação ao crescimento das universidades, à inflação”, diz. “Ou seja, precisaríamos de mais e estamos tendo menos”.

Salles não faz estimativa de até quando as universidades seguirão funcionando depois da liberação de verbas. “Depende da situação de cada universidade. Estamos vivendo já na situação de dívida, em algumas é maior, existe um passivo por causa dessa defasagem. Mas é difícil dizer isso como uma medida comum”, declarou.