Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas

O desemprego no país foi de 12%, em média, no segundo trimestre, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice caiu em relação ao primeiro trimestre (12,7%) e na comparação com o mesmo período do ano passado (12,4%).

Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 12,8 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 4,6% (ou menos 621 mil pessoas) frente ao trimestre anterior. O instituto considera que a população desocupada ficou estatisticamente estável em relação ao mesmo período de 2018.

O total de pessoas ocupadas no país (93,3 milhões) cresceu 1,6% em relação ao trimestre anterior e 2,6% diante do mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

População subutilizada
A população subutilizada (28,4 milhões) não teve variação significativa frente ao trimestre anterior, mas subiu 3,4% (mais 923 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.

O IBGE considera subutilizadas as pessoas que estão desempregadas, que trabalham menos do que poderiam, que não procuraram emprego, mas estavam disponíveis para trabalhar ou que procuraram emprego, mas não estavam disponíveis para a vaga.

Alta nas vagas com carteira, queda no rendimento
O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exceto trabalhadores domésticos) foi de 33,2 milhões de pessoas no segundo trimestre, o que representa alta tanto na comparação com o trimestre anterior (0,9%) como em relação ao mesmo período do ano passado (1,4%).

O rendimento médio do trabalhador no segundo trimestre foi de R$ 2.290, queda de 1,3% frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, não teve variação significativa.

Informalidade aumentou
O número de empregados do setor privado sem carteira assinada (11,5 milhões) subiu nas duas comparações: 3,4% frente ao trimestre anterior e 5,2% em relação ao mesmo trimestre de 2018.

A categoria dos trabalhadores por conta própria bateu novo recorde da série histórica (iniciada em 2012), alcançando 24,1 milhões de pessoas no segundo trimestre. Houve alta de 1,6% em relação aos três meses anteriores e de 5% frente ao mesmo período do ano passado.

4,9 milhões de desalentados
Segundo o IBGE, o país tinha 4,9 milhões de pessoas desalentadas (que desistiram de procurar emprego) no segundo trimestre. O número não mostrou variação significativa tanto em relação ao trimestre anterior quanto na comparação com o mesmo período de 2018.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho; não tinha experiência; era muito jovem ou idosa; ou não encontrou trabalho na localidade –e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

Metodologia da pesquisa
A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.