(Foto: Ricardo Stuckert)

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) divulgou nota neste último sábado (22), para rebater editorial publicado mais cedo pelo jornal Folha de S.Paulo. Intitulado Jair Rousseff, o texto do jornal paulista traça paralelo entre o atual governo e as gestões petistas (2010-2016) devido à suposta pretensão de Bolsonaro em descumprir o teto de gastos públicos.

Dilma chamou o jornal de “Falha de S.Paulo“, termo pejorativo comumente usado por grupos de direita e de esquerda para atacar a publicação, e disse que o periódico tem “enorme dificuldade de avaliar o passado e, assim, frequentemente erra ao analisar o presente“. Para a ex-presidente, o editorial configura “ato de má-fé” e “distorção iníqua que confirma o facciosismo do jornal“.

“A junção grosseira e falsificada é feita para forçar uma simetria que não existe e, por isto, ninguém tem direito de fazer, entre uma presidenta democrática e desenvolvimentista e um governante autoritário, de índole neofascista, sustentado pelos neoliberais“, escreveu.

Alvo de impeachment em 2016 por pedaladas fiscais, Dilma negou que tenha promovido gastos excessivos em seu governo e chamou de “sórdida mentira” a atribuição de seu governo a atos de irresponsabilidade fiscal.

A petista afirmou que o teto de gastos, regra que limita os investimentos públicos e que foi instituída no governo de Michel Temer (MDB), é “um dos maiores atentados já cometidos contra o povo brasileiro e a democracia” por “criar uma camisa de força” para a economia.