EC Bahia

O goleiro Douglas foi um dos destaques do Bahia na vitória sobre o Atlético-MG em partida realizada no último sábado, no Independência. Seguro, Douglas fez quatro defesas difíceis na partida e ajudou a assegurar os três pontos, com 1 a 0 no placar, gol marcado por Gilberto. Na comemoração, Douglas dedicou o bom desempenho ao preparador de goleiros do Bahia, Rogério Lima. Questionado, na última segunda-feira, sobre o trabalho que realiza com o professor, o goleiro contou os pontos em que sentiu evolução.

– Principalmente nos enfrentamentos. Foi algo que acrescentou. Aqui no Brasil, é uma técnica diferente. Muitos goleiros se jogam para trás. É uma bola que vai no seu raio de ação, você se desestabiliza e toma o gol. Ele acrescentou esse trabalho. E toda experiência que ele teve como goleiro e preparador. Tudo que ele colocou da visão dele, eu procurei entender – afirmou, em entrevista ao programa Ao Vivaço, realizado pelo próprio clube.

Douglas comentou sobre a convivência com os profissionais da preparação de goleiros, que costuma ser mais próxima dos que a dos jogadores de linha com os membros da comissão técnica. Ele destacou o quanto admire Rogério Lima e contou que o dia a dia é agradável no centro de treinamento.

– Eu sempre tive boa convivência com todos os preparadores de goleiro com quem trabalhei. A gente sempre teve uma boa relação. Como você colocou: na nossa profissão, os profissionais que trabalham… A nossa posição, tem um fator diferente, que é o convívio próximo todos os dias. O Roger [Machado, técnico do Bahia] tem sua comissão, seus auxiliares, e os outros fixos do clube. Todos eles têm o contato com os atletas, mas não como o de preparadores de goleiro. A gente fica grande parte do tempo com ele, conversamos sobre o trabalho, sobre o desempenho, a evolução nas partidas. A gente tem essa diferença de contato, que o outro atleta tem com os demais treinadores. Eu gosto de me relacionar com as pessoas. Sempre entendo que é uma oportunidade de demonstrar o melhor para a pessoa.

– A gente começou a acrescentar fundamentos aqui, foi um desafio novo. Não só vir ao Bahia, mas acrescentar nova visão do futebol; o Rogério tem me ajudado muito na preparação dos treinamentos. Nosso convívio de goleiros, com o Anderson, com o Fernando, com os goleiros da base, é um ambiente muito bom. Isso dá uma tranquilidade, faz com que o treinamento seja de alto nível. A gente tem a competitividade um com o outro, mas temos liberdade de dar o melhor para que possamos crescer. Todos têm crescido, né? Não me recordo agora o nome do goleiro, um menino da base, mas ele pediu uma luva minha para jogar um torneio… aí depois ele voltou, perguntei como foi lá, ele me disse que foi o melhor da competição. Então é algo bom. Todo esse grupo de goleiros está de parabéns – completou o goleiro.

Entre os focos dos treinamentos dos goleiros, está a habilidade de sair jogando com os pés. Douglas diz que o fundamento não é essencial para todos os times e explica a importância de desenvolver essa capacidade.

– Tem se falado muito que no futebol moderno o goleiro tem que jogar com os pés. É uma necessidade, mas não é para todos os times. Não é característica individual, mas uma forma de jogar coletivamente. Os goleiros que jogam mais com os pés, coletivamente o goleiro é parte de um sistema que sai atrás com os pés. Isso é trabalhado. É uma coisa que a gente ainda precisa acrescentar. Não é algo tão essencial. Tem que ser eficiente do grupo que ele faz parte. Se um treinador não tem essa metodologia, não vai ser eu que vou dizer que tem que sair jogando. Se entender que tem que melhorar, a gente vai levar. O Bahia tem atletas, e eu faço parte, que têm essa capacidade de crescimento – concluiu.

Douglas volta a campo com o Bahia neste sábado, quando enfrenta o CSA. A partida será realizada às 17h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, pela 17ª rodada do Brasileirão. Globoesporte