A Defensoria Pública da Bahia (DPE) protocolou nesta última segunda-feira (2), na Justiça, uma ação civil pública contra a rede de supermercados Atakarejo. Segundo informações da DPE, a ação pede reparação de R$ 200 milhões por dano moral, social e coletivo por causa dos assassinatos de Bruno e Yan Barros da Silva, mortos após furtarem carne em uma loja da rede, em Salvador.

Caso aceita pela Justiça, a indenização deve ser revertida para a população negra, por meio da criação de um fundo estadual de combate ao racismo. A ação civil pública pede ainda que a rede de supermercados elabore um plano de combate ao racismo em todas as unidades, além de capacitação de funcionários e terceirizados.

No dia 15 de julho, a Justiça determinou a prisão preventiva de 11 dos 13 suspeitos de envolvimento nas mortes de Bruno e Yan Barros da Silva. Três dias antes, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou e pediu a prisão das 13 pessoas envolvidas em crimes que resultaram nas mortes de tio e sobrinho. Com isso, os presos preventivamente são:

  • Agnaldo Santos de Assis (gerente-geral do Atakarejo do Nordeste de Amaralina) e Cláudio Reis Novais e Cristiano Rebouças Simões (prepostos da mesma loja). Eles foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar a defesa das vítimas, constrangimento ilegal e extorsão;
  • Victor Juan Caetano Almeida, David de Oliveira Santos e Francisco Santos Menezes. Apontados como responsáveis por entregar as vítimas aos executores, eles foram denunciados por crimes de homicídio qualificado e cárcere privado;
  • Lucas dos Santos, João Paulo Souza Santos, Alex de Oliveira Santos, Janderson Luís Silva de Oliveira e Rafael Assis Amaro Nascimento, identificados como autores da execução, eles foram denunciados por homicídio qualificado. G1