O senador Ciro Nogueira (PP-PI) assinou nesta última quarta-feira (4) o termo de posse como ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro. Em seu primeiro pronunciamento, adotou uma narrativa comparativa entre “certo e errado”, sugerindo, ao final, que “no futuro haverá uma compreensão mais correta por parte dos brasileiros” em relação às ações realizadas pelo atual governo.
Nogueira chega ao governo em um momento de grande fragilidade política de Bolsonaro e representa o avanço do centrão nos espaços de decisão governamental. Em referência direta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que “teria sido mais fácil se acovardar por um pretexto qualquer ao receber o cativante e honroso convite em um momento que tudo está difícil”.
“A economia, as pessoas, as realidades, o nosso país, amado Brasil, está difícil, a política, em um momento em que o difícil parece ser o novo normal”, destacou. Para Nogueira, teria sido mais fácil continuar exercendo suas funções de senador pelo Piauí, já que, segundo o próprio, sempre pode “contar com a lealdade e prestígio” do presidente para levar “benefícios para os piauienses”. “Tudo isso seria sido mais fácil mas não seria mais certo”, enfatizou.
“A vida pública não se trata de uma escolha em fazer o mais certo e o mais difícil, mas entre fazer o mais certo entre o certo e o errado. Tive a honra de aceitar o convite para assumir a chefia da Casa Civil nesses momentos incertos porque isso é o mais certo. Me somando a essa valorosa equipe de ministros vamos ajudar o Brasil a dar sinais certos para onde estamos indo. O primeiro deles a democracia, que líquida e certa, difícil por natureza, mas é a coisa certa. É por ela que estamos aqui”, continuou.
Nogueira defendeu que o atual momento representa uma “inflexão” do governo diante do contexto da pandemia, apontando como exemplo o avanço da vacinação, que possibilitará crescimento econômico a medida em que a faixa da população imunizada cresce.
“Estamos cruzando o cabo das tormentas, das tormentas políticas, das tormentas sociais, econômicas e institucionais. Vossa excelência é nosso timoneiro e eu serei o ajudante que estará sempre ao seu lado, avisando dos perigos dos percursos, tentando ajudar a enxergar no meio da névoa, querendo sempre auxiliá-lo a encontrar o rumo certo”, completou. (Bahia Notícias)