Secretário de Saúde em Santo Antônio de Jesus, o médico Leonel Cafezeiro foi linchado por adversários políticos por ter cometido um suposto crime: comprar ivermectina para combater a Covid-19, ao que se dizia, medicamento sem comprovação para o caso. Os que agrediram Leonel deveriam pedir desculpas. Em entrevista a Mário Kertész, na Metrópole, o professor Roberto Badaró, PhD em imunologia e doenças infecciosas, autor de centenas de trabalhos científicos, cinco deles sobre a Covid-19, diz que a eficácia da ivermectina ganhou aval científico. Ele contou que um site especializado em ciência mostrou que em 100% de 44 estudos realizados ficou demonstrado que o uso do remédio mostrou efeitos muito positivos: em 82% dos casos evitou a progressão da doença, a mortalidade foi reduzida em 75% e no tratamento precoce, a redução foi de 84%.

Na dúvida — Leonel disse que comprou o medicamento porque usou e viu bons resultados. Na real, ele fez o que muitos médicos já vêm fazendo pela Bahia afora, recomendando a ivermectina, em alguns com casos, com a ressalva por falta da prova científica: se bem não fizer, mal não faz.

Badaró faz a ressalva:

– Eu não dou opinião. Faço ciência e a ciência diz isso.

Tem a ver. A politização da pandemia tem variantes que envolvem médicos. Alguns defenderam até a hidroxicloroquina receitada por Bolsonaro, hoje comprovadamente inócua. (Levi Vasconcelos/A Tarde)