TV Globo

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), disse que está “chocado e triste” com o caso do vereador Dr. Jairinho, preso por suspeita de matar o enteado Henry Borel, de 4 anos. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o político afirmou que “é inimaginável olhar para ele e ver um monstro”. O edil foi líder do governo de Paes na Câmara Municipal entre 2013 e 2016, quando o prefeito cumpria o segundo mandato à frente da cidade. “Ele foi meu líder de governo porque era um político habilidoso, com muita liderança na Câmara. Estou chocado, triste. É inimaginável olhar para ele e ver um monstro”, lamentou.

“Tenho visto posts [dizendo]: ‘Ele apoiou [o presidente Jair] Bolsonaro, foi líder do [ex-prefeito Marcelo] Crivella’. Temos que ter um mínimo de responsabilidade, e a imprensa tem que ajudar nisso. É um gesto individual em parceria com aquela mãe – sei lá que nome dou para essa mãe, outra monstra -, que não deve se creditar em ninguém que tenha convivido ou trabalhado para ele. Isso não é um vírus, como o coronavírus, que é transmitido pelo ar. Monstruosidades não são transmissíveis pelo ar”, disse o prefeito.

Além disso, um levantamento feito pela Folha mostrou que Dr. Jairinho foi citado, desde 2004, em 37 ligações ao Disque-Denúncia. A maior parte das acusações possui relação direta com as eleições municipais e cita suposta ligação com milicianos, bicheiros ou traficantes. As ligações foram registradas como partindo de Bangu, Padre Miguel e Realengo, bairros que são o reduto eleitoral da família do político. “Nunca se confirmou e nunca percebi nenhuma relação dele com a milícia. Com todo respeito, tudo é irrelevante perto da monstruosidade que ele cometeu. Estou triste, chocado e pasmo”, completou Eduardo Paes. Bahia.Ba