Foto: G1

Auditoria da KPMG sobre emails e notas fiscais concluiu que a Seguradora Líder, responsável pela gestão do seguro DPVAT, atendia a pedidos e fazia doações a políticos ou pessoas ligadas a eles. Entre os nomes que vieram à tona está o de Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB), em seus tempos de governador de Minas Gerais. A informação é da Folha de S.Paulo.

Segundo a reportagem, Andrea assinou um recibo referente a uma doação de R$ 500 mil feita pela Líder ao Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerais (Servas), à época presidido por ela. A auditoria aponta que não recebeu do Servas a prestação de contas dos comprovantes relativos ao destino dessa verba doada pela Líder. O ex-deputado federal Fernando Francischini, à época no SD-PR e atualmente no PSL, também é mencionado no relatório. Ele era suplente do seu partido na CPI do DPVAT.

A auditoria apontou trocas de mensagens entre os administradores da Líder. Em uma delas, o então presidente da seguradora, Ricardo Xavier, sugere datas para uma reunião com o escritório Kfouri & Gorski e diz: “devemos recebê-los para conhecimento, a esposa do deputado federal Fernando Francischini é sócia e ele falou comigo”. A KPMG afirma, no entanto, que a participação da mulher de Francischini não foi identificada. Em nota à Folha, todos os citados negaram qualquer irregularidade.