O senador Jaques Wagner (PT) comentou a resistência de alguns partidos da base liderada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em aceitar a pré-candidatura de Geraldo Júnior (MDB) à prefeitura de Salvador. Segundo o petista, as discordâncias são naturais. “É natural que cada partido queria ter o seu. O PCdoB pensa na Olívia, o PT em Robinson, mas foi um passo construir essa unidade em torno de Geraldo e eu acho que ele disputa bem”, disse em entrevista à rádio Metrópole.

Wagner afirmou que a futura disputa nas urnas, em outubro deste ano será “competitiva”. ”Eu acho que pode ser uma campanha competitiva, porque toda vez que você apresenta um projeto novo se tem competitividade. Eu acho que a escolha por Geraldo recai sobre o nome dele pela trajetória dele: duas vezes presidente da Câmara; o pai foi um vereador de Salvador conhecido; trabalhou com a gente na Desenbahia”, listou.  Para ele, o emedebista possui “histórico” na política.

Ao discutir a seleção de Jerônimo Rodrigues como representante do PT nas eleições estaduais de 2022, o senador Jaques Wagner enfatizou que a escolha do atual governador não foi uma improvisação, mas sim uma decisão estratégica visando a renovação do partido. ”O pessoal achava que eu tinha que ser candidato de novo, mas eu falei ‘não, vamos renovar’”, explicou o senador.

“Não foi uma aventura, foi pensando e dizendo que nós tínhamos que fazer realmente uma renovação. Poderia ter feito até antes. A gente se arriscou, porque fomos escolher no final de fevereiro e Jerônimo nunca tinha sido candidato a nada, mas acertamos”. Segundo Wagner, Jerônimo Rodrigues “está indo muito bem e trabalhando muito” ao longo deste segundo ano de mandato.

Wagner também afirmou que o atual governador está “começando a preparar um planejamento para projetar a Bahia mais para frente”, destacando a relevância de elaborar estratégias futuras com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do estado.

“O pessoal admira muito a China. Eles [os chineses] trabalham lá com plano quinquenal, que revisam todo ano, e também com o planejamento de 50 anos. Se não tem planejamento, não adianta, aí fica andando tonto, cada hora faz um negócio, mas não tem lógica. O planejamento é algo que o presidente Lula está tentando recuperar hoje. Não gosto de ficar falando para trás, mas o governo passado não tinha nenhum pensamento sobre o Brasil”, comparou.

Violência – Wagner destacou na entrevista que as questões de segurança pública colocam a gestão estadual em uma situação delicada, enfatizando a necessidade de lidar com a segurança sem apoiar uma abordagem policial agressiva. “Não é uma briga fácil. As pessoas reclamam porque a sensação de insegurança é horrível, mas nós estamos indo pelo caminho da tecnologia, com câmeras e tudo que tem de mais moderno”.  Tribuna da Bahia