Foto: Natalia Filippin/G1

Em um cenário otimista, a economia brasileira somente exibirá a chamada “recuperação em V” no ano de 2025. Para que isso ocorra, o país precisará praticamente dobrar a taxa de crescimento do período 2021-2022 a partir de 2023. É o que apontam cálculos realizados pela coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre, Silvia Matos. As informações são da Folha de S.Paulo.

Somente no último trimestre de 2025 as taxas de crescimento voltariam aos níveis observados no pré-pandemia, levando em consideração a tendência de crescimento verificada de 2017 a 2019.

“A gente fica comemorando voltar para o patamar pré-pandemia, mas não é só retornar ao que você estava em 2019. Tem de ser o ‘V’ que volta para a tendência”, ressaltou a economista. “Voltar à nossa mediocridade anterior, não dá para comemorar”.

O Brasil teve um crescimento médio de 0,1% em 2020. A média deve chegar a 0,2% até o final de 2021 e a 0,4% em 2022. A partir de 2023, o crescimento teria de acelerar para 0,7% em média (quase 3% anuais) para cumprir a “recuperação em V” até 2025. Dados do IBGE apontam que, de 1996 a 2019, a média foi de 0,6%.

“A gente precisaria ter um cenário de novo governo, vida nova, página virada. Ou seja, com aquele entusiasmo: o câmbio se valoriza, entra recurso, tem agenda de reformas”, afirmou a economista.